Agir como um caçador incansável é fundamental para perseguir um objetivo e alcançá-lo. No entanto, não se pode esquecer de que preservar o que foi conquistado é tão importante quanto conquistar algo novo.
Na vida selvagem, os tigres dedicam boa parte de seu tempo e energia à defesa de seu território. Como as tentativas de invasão são frequentes, a competição é permanente e impiedosa. O tigre precisa ser melhor que seus rivais.
O mundo corporativo espelha o mundo natural. Para se destacar e ser “dono” de um território é imprescindível que o profissional supere os concorrentes. Para isso, ter criatividade na hora de resolver problemas e “faro” para identificar oportunidades faz toda a diferença para a carreira e para o sucesso dos negócios.
Na “empresa” da selva, os tigres são criativos porque isso lhes traz vantagens competitivas e eles usam sua criatividade para transpor obstáculos. Uma caçada é uma sequência de problemas, ora conhecidos, ora inesperados. Em ambos os casos, o tigre terá de ser criativo.
Na minha visão, criatividade no mundo profissional deveria ter justamente essa definição: a capacidade de apresentar soluções alternativas para problemas conhecidos e soluções inovadoras para novos problemas.
É claro que essa qualidade não se restringe aos artistas ou ao pessoal do marketing. Da mesma forma, é engano considerar a criatividade como um talento nato. A criatividade é uma competência que deve ser exigida de qualquer profissional e que qualquer pessoa pode desenvolver.
Quem tem o olho de tigre está sempre atento. Mais ainda, essas pessoas não se referem a “problemas” e sim a “desafios”. Todo processo pode ser aperfeiçoado, em qualquer área ou divisão de uma empresa. Às vezes, esse aprimoramento vem da forma menos esperada e da maneira mais simples. Ser criativo não significa ser complexo. Muitas vezes, na simplicidade está a melhor solução.
(Adaptado de Renato Grinberg. Olho de tigre. São Paulo, Gente, 2011, p.85-9)
Mantendo-se a correção e a lógica, o elemento grifado pode ser substituído APENAS por: