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A respeito da entrevista como técnica de apuração jornalística, julgue o item que se segue.
A entrevista formal, mecanismo básico de coleta de informações do jornalista, existe desde o início do jornalismo.

Quando o jornalista está escrevendo um texto e resolve utilizar citações diretas, ou seja, aspas de um entrevistado, deve ter em mente que “nenhum entrevistado tem obrigação de ser um comunicador. Nem é obrigado a ter raciocínio lógico e linear, ou habilidade natural para falar”. (PEREIRA JUNIOR, L. C.,2010, p.111). Com base nessa afirmação, analise as afirmativas a seguir:


I. O jornalista não tem a obrigação de ser necessariamente literal no uso das citações, mas deve reconstruir o diálogo, mantendo a fidelidade, o sentido original.

II. O jornalista precisa ser literal na transcrição das citações e é por isso que recomenda-se gravar as entrevistas para depois degravá-las e utilizá-las na matéria.

III. Para que mais pessoas leiam a reportagem, o jornalista deve modificar palavras ditas pelo entrevistado por outras mais fortes, mesmo que descontextualize a fala, pois o intuito é gerar boas manchetes.

IV. O jornalista não deve interromper uma resposta, mesmo que o entrevistado demore para concluí-la ou aparente estar perdido, pois não deve interpretar a declaração da fonte.


Está CORRETO o que se afirma apenas em:

Leia o trecho da matéria a seguir, publicada no portal do Estadão:


Metade dos brasileiros já sofreu preconceito ou discriminação no trabalho, diz pesquisa.


Segundo levantamento do Vagas.com, situações vexatórias ainda são comuns nas empresas, que devem mostrar eficiência na investigação e resolução dos casos


Ana Carolina Neira, O Estado de S.Paulo

24 Julho 2017 | 11h31


Situações de discriminação e preconceito no ambiente de trabalho ainda são algumas das principais queixas do brasileiro, num momento em que as empresas buscam maneiras de coibir esse tipo de comportamento.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo site de empregos Vagas.com, metade dos 1.731 entrevistados afirmam já ter passado por uma situação de discriminação ou preconceito no dia a dia – seja por ocupar um cargo mais baixo na hierarquia empresarial ou por características pessoais, como timidez ou extroversão.

O coordenador nacional da área de Direito do Trabalho do escritório Veirano Advogados, José Carlos Wahle, avalia que garantir um ambiente livre de práticas discriminatórias é uma regra de compliance tão importante quanto qualquer outra.

“Da mesma forma que uma empresa preocupa-se em não estar envolvida em casos de corrupção ou seguir boas práticas de concorrência, ela deve ter atenção ao comportamento de seus funcionários e evitar qualquer tipo de constrangimento”, aponta.

Ele também ressalta que combater o preconceito seja, talvez, um dos itens de governança mais difíceis de ser colocado em prática. “Estamos falando do comportamento humano e de situações que refletem como a nossa sociedade pensa. Então, não basta ter canais de denúncia, mas também cuidar para que todo o sistema seja efetivo”, diz.

O especialista em inteligência de mercado do Vagas.com, Rafael Urbano, concorda. “O que vemos nas empresas é reflexo do que as pessoas são fora dela. A questão é que dentro do mundo corporativo a situação pode, às vezes, tornar-se ainda mais insustentável para quem sofre com isso, porque é no trabalho que passamos boa parte do nosso dia”, reflete.

(TRECHO EXTRAÍDO DO SITE http://economia.estadao.com.br/)


Com base no texto, analise as asserções a seguir.


I. As entrevistas presentes nesta reportagem são de fontes consideradas secundárias.

II. Os entrevistados desta reportagem são considerados, também, fontes oficiais.

III. O texto apresenta diversos verbos declaratórios, comumente utilizados no jornalismo.

IV. O olho da matéria, logo abaixo do título, está no presente mas poderia estar em qualquer tempo verbal.


Está CORRETO apenas o que se afirma em:

A narrativa jornalística é legitimada e ilustrada pela voz que não é a do repórter, mas sim a da fonte. Um dos recursos primordiais para obtenção desta voz é a entrevista. E são vários os tipos possíveis de entrevista. Quando lemos uma reportagem que traz declarações de um juiz explicando, exclusivamente, a um veículo de comunicação, o motivo de determinada decisão condenatória, por exemplo, esta entrevista é considerada: