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Se nos situarmos do ponto de vista da evolução histórica dos instrumentos de trabalho, em um enfoque vertical, constataremos que a natureza do espaço social tem mudado. Se preferirmos um enfoque horizontal, isto é, dentro de cada espaço, encontraremos uma distribuição irregular de modelos mais avançados dos instrumentos de trabalho, mas também a coabitação de modelos antigos e modernos e em muito raros lugares há a homogeneidade de instrumentos de trabalho de acordo com, ou do ponto de vista de sua “idade”. Os lugares, então, se diferenciam: de um lado, pelo grau de modernização dos recursos; de outro lado, pela forma com que se combinam as diferentes modalidades de recursos.
SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Edusp,2004.
Tendo por base a abordagem teórica sobre o espaço geográfico, deve-se entender que
Num mundo em constante processo de transformação, onde a globalização afirma-se como tendência irreversível, muitos autores, em função da constatação da queda das barreiras físicas entre os estados, vêm questionando a existência do território e, consequentemente, do espaço como elemento de análise do mundo moderno, mais do que isso, negam simplesmente o espaço. A questão, no entanto, parece muito mais complexa do que a simples anulação do espaço. Deste modo, no contexto do fim do estado-nação — que coloca em xeque a natureza e o sentido do território — e na “era das redes”, como se situaria um debate sobre o lugar? CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH,2007.(Adaptado)
Conforme questiona a autora, as dinâmicas do mundo globalizado suscitam pensar sobre a noção de lugar, compreendido como
A natureza sempre foi o celeiro do homem, ainda quando este se encontrava na sua fase pré-social. Mas, para que o animal homem se torne homem social, é indispensável que ele também se torne centro da natureza. Isto ele consegue pelo uso consciente dos instrumentos de trabalho. Nesse momento a natureza deixa de comandar as ações dos homens e a atividade social começa a ser uma simbiose entre o trabalho do homem e uma natureza cada vez mais modificada por esse mesmo trabalho. Esta fase da história não poderia realizar-se se não houvesse um mínimo de organização social e sem uma organização paralela do espaço. SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Edusp,2004
A partir do entendimento do fragmento acima, deve-se compreender que o espaço geográfico
A crise da Geografia Tradicional e o movimento de renovação a ela associado começam a se manifestar já em meados da década de cinquenta e se desenvolvem aceleradamente nos anos posteriores. A década de sessenta encontra as incertezas e os questionamentos difundidos por vários pontos. A partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado. Instala-se, de forma sólida, um tempo de críticas e de propostas no âmbito dessa disciplina. Os geógrafos vão abrir-se para novas discussões e buscar caminhos metodológicos até então não trilhados[...]. Esta crise é benéfica, pois introduz um pensamento crítico, frente ao passado dessa disciplina e seus horizontes futuros. Introduz a possibilidade do novo, de uma Geografia mais generosa. MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica.19. ed. São Paulo: Annablume,2003. (Adaptado)
A crise na Geografia Tradicional, tratada no texto, deu-se
A parcela do espaço geográfico, dotada de polissemia, das relações humanas e que guarda os mais diversos significados particulares como a escola e o local de nascimento, por exemplo, pode ser conceituado como