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Não estávamos mais na fase de tateios democráticos, quando as massas se prestavam docilmente, ao jogo dos tuteladores de opinião pública. A lição que ministrava a redemocratização, expondo as verdadeiras e trágicas condições em que se encontrava o país, serviria para que o homem comum entendesse que não estávamos isolados no mundo; que os nossos interesses nem sempre coincidiam com os interesses das superpotências e, que, de maneira mais frequente, eram conflitantes; que nosso destino não era o de uma sociedade de abundância por obra e graça das dádivas da natureza, mas que eram necessários o trabalho e a coesão com países que padeciam dos mesmos males."

O texto representa parte de um trabalho do Professor Nilo Odália, intitulado “O Brasil nas relações internacionais 1945 – 1964". Assinale a afirmativa que confirma o ponto de vista do autor sobre a política externa naquele período:

Analise o texto que se refere ao “sentido da colonização" na América portuguesa:

“(...) No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu.

É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais tanto no social quanto no econômico, da formação e evolução histórica dos trópicos americanos. Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isto."

(Prado Júnior, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense)


Assinale a alternativa que sintetiza corretamente as características do modelo colonizador implantado no Brasil, de acordo com o autor:



“Com o AI-5, a Ditadura Militar no Brasil perdia seu disfarce. Jornais, rádios e televisões foram censurados e a repressão policial prendeu líderes políticos de expressão, como Juscelino e Lacerda. O AI-5 veio dar cobertura legal à brutalidade do regime.” (Vainfas,2010, p.802.) Dentre as medidas impostas no AI-5 estava:
“Depois de dominado o território foi preciso ocupar de forma produtiva a terra, montando nela um sistema de produção cujos lucros cobrissem os gastos da ocupação adotando no Brasil. Alguns historiadores consideram que a origem do Estado no Brasil data da implantação do governo-geral em Salvador na Bahia, e teve como importância, segundo Boris Fausto: ‘a instituição do governo-geral iria representar um passo importante na organização administrativa da colônia e também representou um esforço de centralização administrativa’, trecho retirado do livro História Concisa do Brasil.” (Disponível em: http://bloghistoriacritica.blogspot.com.br/2009/11/formacao-do-estado-no-brasil-colonia-e.html.) Uma das principais funções a que se propunha do governo-geral citado era:
“Acordei em meio duma maravilhosa aurora de verão. A baía esplendia com seus morros e enseadas. Seriam talvez quatro horas da manhã. E vi imediatamente na baía, frente a mim, navios de guerra, todos de aço, que se dirigiam em fila para a saída do porto. Reconheci o encouraçado Minas Gerais que abria a marcha. [...] Eu estava diante da revolução. Pontos de fogo, estrondos. [...] O seu chefe, o negro João Cândido, imediatamente guindado ao posto de almirante, tinha se revelado um hábil condutor de navios. [...] A revolta teve o mais infame dos desfechos [...]” (ANDRADE, Oswald de. Um homem sem profissão – Memórias e confissões. Sob as ordens de mamãe. São Paulo: Globo,2002. p.96.)
Esse trecho de Oswald de Andrade, ícone da semana de arte Moderna no Brasil, refere-se: