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“Enquanto os jornais e udenistas atacavam o governo, os trabalhadores sentiam-se ameaçados e em muros e postes das ruas das grandes capitais, surgiram frases que logo se espalharam e deram início ao chamado ‘Movimento Queremista’.” (Vainfas,2010. p.777.) O Movimento Queremista cresceu rápido, com manifestações bastante intensas. Esse movimento ocorreu:

 

A imagem anterior trata-se de Maria Quitéria de Jesus Medeiros, uma militar brasileira de origem humilde, que se tornou heroína. É considerada a primeira mulher desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar, em terras brasileiras.

Suas ações heroicas estão ligadas a uma data célebre e a um contexto importante da historiografia brasileira e dos baianos especificamente que culminou no 2 de julho de 1923. Esse período foi marcado

“Novembro 27. Hoje embarcou toda a Familia Real no Caes de Bellem tendo dado alli Beijamão ás pessoas que alli concorreram entre lagrimas e suspiros geraes, e no dia 29 com bom vento se fez á vella a Esquadra Portugueza que condusio o nosso Amabilissimo Principe e toda a Familia Real para o Brazil, cuja Esquadra se compunha de 8 Naus, tres Fragatas, dois Brigues, uma Escuna e uma charrua de mantimentos; e com ella 21 Navios de commercio nacional.” (Diário de Euzébio Gomes, na posse do Senhor José Medeiros. Disponível em: https://www.revistamilitar.pt/artigo/257.) Em 1808 a família real de Portugal dirigiu-se à América portuguesa em razão da invasão francesa a Portugal, no contexto das guerras napoleônicas. A partir daí, já no Rio de janeiro, no que diz respeito às relações internacionais, D. João VI:
“Em março de 1534 o Rei de Portugal, Dom João III, dividiu a costa do país em Capitanias Hereditárias. Eram quinze lotes que formavam doze capitanias, que iam da Ilha de Marajó, a norte, até o sul do Estado de Santa Catarina. Foram definidas como faixas lineares de terra, que ignoravam os acidentes geográficos, e iam do litoral da costa do Brasil até o Tratado de Tordesilhas. Portanto, inicialmente apenas 20% da América do Sul pertenciam a Portugal por este Tratado.” (Innocentini,2009, p.14.) O sistema de Capitanias Hereditárias, no contexto da formação do espaço social brasileiro à apropriação da terra, foi adotado no Brasil, dentre outros motivos:
“Aquela sociedade potosina, enferma de ostentação e desperdício, só deixou na Bolívia a vaga memória de seus esplendores, as ruínas de seus templos e palácios, e oito milhões de cadáveres de índios. [...] Em nossos dias, Potosí é uma pobre cidade da pobre Bolívia: a cidade que mais deu ao mundo e a que menos tem, como me disse uma velha senhora potosina, envolta num quilométrico xale de lã de alpaca, quando conversamos à frente do pátio andaluz de sua casa de dois séculos. Esta cidade condenada à nostalgia, atormentada pela miséria e pelo frio, é ainda uma ferida aberta do sistema colonial na América: uma acusação ainda viva.” (GALEANO, Eduardo.1979. p.44.)
O trecho contundente de Eduardo Galeano, do seu livro “As veias abertas da América Latina”, traz como crítica principal: