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"Talvez Jean de Mandeville, autor medieval cuja identidade é um mistério, não tenha sido uma figura de carne e osso, mas alguém que conferiu unidade a uma compilação de relatos de viagem e de textos antecedentes, convencendo seus contemporâneos de que ele também havia sido um viajante piedoso e um andarilho de Deus. Para contar sua suposta viagem, Mandeville recolheu relatos, roteiros, crônicas e tratados que circulavam pela Europa no século XIV, apresentando um conjunto de viagens, combinadas com referências bíblicas, lembranças supostamente pessoais, informações sobre percursos de rios, montanhas, fauna, flora, costumes de terras conhecidas ou imaginadas”.
Adaptado de FRANÇA, Susani S. L. “Introdução”. In: Viagens de Jean de Mandeville, p.13-18.
Com base no trecho, assinale a afirmativa que caracteriza corretamente o uso de relatos de viajantes como fonte histórica em situação didática.
O Eixo Problematizador “Cultura, Poder e Trabalho na Constituição da Sociedade Contemporânea” se desdobra no eixo:
Um professor de História levou seus estudantes ao laboratório de informática para acessarem o banco de dados sobre tráfico de escravizados Slave Voyages 2.0, que abrange 35.000 expedições negreiras ocorridas entre 1514 e 1866, com informações sobre embarcações, povos escravizados, traficantes e proprietários de escravos, além de rotas de comércio.
Sobre o uso de banco de dados em atividades didáticas como a proposta pelo docente, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Ao analisar uma viagem específica, a respeito da qual é possível saber o nome africano, a idade, o sexo, a origem, o país e os locais de embarque e desembarque de cada indivíduo, humaniza-se a história de milhões de africanos.
( ) Ao comparar o contingente de embarcados e desembarcados em uma mesma rota, ao longo do tempo, exercita-se a formulação de hipóteses a respeito das causas do aumento/diminuição do tráfico negreiro em dado período.
( ) Ao analisar os registros dos proprietários dos navios, percebe-se que o transporte de escravos africanos era moralmente indistinguível do de tecidos, trigo ou açúcar, sendo os cativos classificados como mais uma mercadoria.
As afirmativas são, respectivamente:
Um dos modelos de mapas mais divulgados no Medievo fundamentava-se nas ideias de Isidoro de Sevilha (c.560-636) acerca da configuração do planeta e de seus habitantes. O orbe terrestre estaria disposto em uma forma que lembraria as letras “T” e “O”, como no exemplo a seguir. Imagem associada para resolução da questão
Ilustração de mapa-múndi T-O nas Etimologias de Isidoro de Sevilha, versão impressa (Augsburgo,1472).

Com base na imagem, a respeito da representação cartográfica do espaço no período medieval, analise as afirmativas a seguir.
I. O “O” representa o orbe, em forma de um disco, em consonância com a teoria da esfericidade da terra, enquanto o “T” indica os cursos de água, traçados em escala e de maneira realista.
II. A tripartição do mundo em Europa, África e Ásia é simbólica, uma vez que os três continentes representam as terras doadas aos filhos de Noé (Sem, Cam e Jafet) após o dilúvio universal, estando de acordo com o imaginário religioso cristão.
III. O mapa apresenta o Oriente (Leste), como direção mestre da representação, localizando-o na parte superior, por seu valor religioso: apontava para a direção do antigo Jardim do Éden, o Paraíso Terrestre, além de ter sido a terra dos hebreus.
Está correto o que se afirma em
“Para os EUA, o novo governo congolês de Maurice Lumumba parecia ser mais uma ameaça de esquerda do Terceiro Mundo, uma ameaça ainda pior diante das imensas riquezas naturais do Congo, que incluíam urânio. Ao voltar a Kinshasa, Lumumba criticou o Secretário Geral das Nações Unidas porque as forças da ONU não estavam apoiando seu governo. Em dezembro de 1960, Lumumba foi capturado, torturado e assassinado sob os olhares de ‘ministros’ de Katanga e oficiais belgas”.
Adaptado de WESTAD, Odd Arne. The global Cold War, p.137-140.
Os congoleses compõem atualmente a 5ª nacionalidade com mais refugiados no Brasil. Em janeiro de 2022, o assassinato do jovem Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre as guerras civis no Congo e a situação de seus refugiados. Um professor de História partiu deste caso para incentivar um debate que articulasse descolonização da África, Guerra Fria e imigrações no século XXI.
A proposta didática de conectar os processos de descolonização da África, durante a Guerra Fria, e o dilema global dos refugiados no século XXI, permite ao docente de história