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Cláudio de Cicco escreve, ao abordar a figura do Faraó: “considerado um semideus, o faraó era senhor absoluto. Sabemos, por outro lado, que interpretava o querer da classe sacerdotal, a qual de fato detinha poderes sem limites. O regime egípcio era, pois, a monarquia com aristocracia, ou seja, o poder real era limitado pelo colégio sacerdotal.”
(DE CICCO, Cláudio. Direito: tradição e modernidade. São Paulo: Ícone Editora,1993.)

O poder monárquico é concebido como um poder ativo, dinâmico, fonte da maior parte das maiores iniciativas; e ele, o Faraó
A história e outras tantas disciplinas escolares, como a matemática, a geografia e a educação física, têm nas últimas décadas, feito parte do cotidiano de milhares de alunos e professores de tal forma, que acabamos por achar natural essa organização curricular e essa maneira de ser da escola, acabamos por esquecer que essas disciplinas se constituíram historicamente.
(Bittencourt,2004, p.70.)

A História, enquanto disciplina escolar, integra o conjunto de parâmetros que, ao longo do tempo, foram se constituindo como saberes fundamentais no processo de escolarização em nossa sociedade. Sendo assim, em relação à História e sua ciência é:
Num movimento da consciência, cuja intencionalidade passa a ser uma propriedade inerente, o homem constitui-se efetivamente humano. A capacidade de planejar as ações, bem como algumas formas de linguagem existem, de forma incipiente, nos animais superiores; porém, a ação planejada de todos os animais, em seu conjunto, não conseguiu imprimir sobre a terra a marca de sua vontade. Isso aconteceu com o aparecimento do homem. “Em uma palavra, o animal utiliza a natureza exterior e produz modificações nela pura e simplesmente com sua presença; entretanto, o homem, por meio de modificações, submete-a [a Natureza] a seus fins, a domina. É esta a suprema e essencial diferença entre o homem e os animais; diferença decorrida também do trabalho”.

(Engels,2002, p.125.)

Várias são as explicações para o processo de humanização e as ciências que o discute: a filosofia, a antropologia, a sociologia, a história, a biologia, a psicologia, dentre outras. Para explicar o processo de humanização é necessário entender tal processo como:
O Brasil é um país extraordinariamente africanizado. E só quem não conhece a África pode escapar o quanto há de africano nos gestos, nas maneiras de ser e viver e no sentimento estético do brasileiro. Por sua vez, em toda a outra costa atlântica se pode facilmente reconhecer os brasileirismos. Há comidas brasileiras na África, como há comidas africanas no Brasil. Danças, tradições, técnicas de trabalho, instrumentos de música, palavras e comportamentos sociais brasileiros insinuaram-se no dia a dia africano. Com ou sem remorso, a escravidão foi o processo mais importante de nossa História. [...] O escravo ficou dentro de todos nós, qualquer que seja a nossa origem.

(Costa e Silva,2003.)

A palavra “diáspora” foi originalmente usada no Antigo Testamento para designar a dispersão dos judeus de Israel para o mundo. Recentemente, tem se aplicado o mesmo vocábulo, por analogia à condição judaica, aos movimentos dos povos africanos e afrodescendentes no interior do continente negro ou fora dele. A diáspora traz em si a ideia do deslocamento que:
Uma corrente historiográfica significativa do século XX, cujo precursor foi o historiador Lucien Febvre, ao considerar que os pensamentos, ideias, ideologias, segmentos morais, atmosferas de compreensão científica seriam formas duradouras de pensamento que caracterizam longos espaços de tempo.
Os fundamentos da psicologia moderna facultaram a Febvre a fundamentação das suas teses sobre a história: