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Iluminismo. Termo que expressa um conceito de extrema complexidade utilizado para, de modo geral, indicar um movimento de ideias desenvolvido essencialmente no século XVIII. Outros termos têm sido empregados para definir ou caracterizar o Iluminismo, dependendo do ambiente cultural em que o fenômeno venha a ser considerado. Assim o alemão aufklärung (“esclarecimento”, “descobrimento”, “reconhecimento”), o espanhol ilustracion (“ilustração”) ou o inglês enlightenment assumiram sentidos diferenciados, ainda que convergentes para um denominador comum. [...]. (AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.p.216-217).
Azevedo destaca, no verbete acima, a natureza histórica do conceito Iluminismo, evidenciando a dificuldade de elaborar uma compreensão única para o termo, ao longo da história contemporânea. Na atualidade essa expressão vincula-se a debates
A historiadora Lynn Hunt, em História da Vida Privada: da Revolução Francesa à primeira Guerra Mundial (2001), afirma que, durante a Revolução Francesa, as fronteiras entre a vida privada e vida pública apresentaram grandes flutuações, tendo o espírito público invadido as esferas habitualmente privadas da vida, fazendo essa última sofrer a mais dura agressão da história ocidental.
Como se observa no texto, os revolucionários da França do século XVIII empenharam-se em traçar a diferença entre as dimensões do público e as do privado. Essa diferença é bem observada na
O Renascimento, ou os renascimentos, essa prodigiosa riqueza de manifestações variadas e divergentes, presta-se de maneira excepcional, neste caso, como uma lição sobre a vitalidade incontrolável da cultura humana, quando atravessada por um sopro ou um anseio geral de liberdade. Se a complexidade que o movimento renascentista representou deve ser vista como a raiz de nossa consciência moderna, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e harmoniosa em torno de um só eixo dessa consciência. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento.17 ed. São Paulo: Atual,1994. p.85. Coleção Discutindo a história).
O texto faz referência à “racionalização crescente e avassaladora da experiência humana”. Esse importante processo
O destino da Europa foi comandado, de ponta a ponta, pelo desenvolvimento obstinado de liberdades particulares, de franquias, que constituem privilégios reservados a determinados grupos, uns estreitos, outros amplos. Tais liberdades se opõem com frequência e até se excluem mutuamente. Claro, tais liberdades só puderam vir à luz, quando a Europa Ocidental se constituiu enquanto espaço homogêneo, enquanto casa abrigada. Sem casa defendida, não há liberdades possíveis. Os dois problemas são um só. (BRAUDEL, Fernand. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes,2004, p.287)
A liberdade, uma das grandes questões da história do homem, tem sido demandada em diversas modalidades e formas durante toda a trajetória da humanidade: pensamento, expressão, ação, organização, movimento, entre outras. Por seu caráter histórico, em cada experiência assume um propósito e uma feição própria. Com base no texto, a noção de liberdade (libertates), experimentada pelos europeus entre os séculos XI e XVIII, é identificada
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também o centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso da beleza. (LE GOFF, Jacques. Cidade. IN: LE GOFF, Jacques e SCHIMIDIT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC; São Paulo, SP: IMPRENSA Oficial do Estado,2002, p.223, v.I)
O desenvolvimento das cidades na Europa, durante a Segunda Idade Média, deve-se