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A Fala Vegetal
Não é mistério para os entendidos que há uma linguagem das plantas, ou, para ser mais exato, que a cada planta corresponde uma linguagem. Como a variedade de plantas é infinita, faz-se impossível ao entendimento, por muito atilado que seja, captar todas as vozes de vegetais. E só os mais perspicazes entre os humanos conseguem entender a conversa entre duas plantas de espécies diferentes: cada uma usa o seu vocabulário, como por exemplo num diálogo em que A falasse em espanhol e B respondesse em alemão.
Levindo, jardineiro experiente, chegou a dominar as linguagens que se entrecruzavam no jardim. Um leigo diria que não se escutava nada, salvo o zumbir de moscas e besouros, mas ele chegava a distinguir o suspiro de uma violeta, e suas confidências ao amorperfeito não eram segredo para os ouvidos daquele homem.
Até que um dia as plantas desconfiaram que estavam sendo espionadas e planejaram a conspiração de silêncio contra Levindo. Passaram a comunicar-se por meio de sinais altamente sigilosos, renovados a cada semana. Em vão o jardineiro se acocorava a noite inteira no jardim, na esperança de decifrar o código. Enlouqueceu.
Perdendo o emprego, as coisas não voltaram à normalidade. As plantas haviam esquecido o hábito de conversar direito. Já não se entendiam, brigavam de haste contra haste, muitas se aniquilaram em combate.
O jardim foi invadido pelas cabras, que pastaram o restante da vegetação. ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras,2012.

Com base no texto "A fala vegetal", assinale a alternativa em que a colocação pronominal NÃO está de acordo com a norma-padrão.
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Analise o emprego dos pronomes no trecho abaixo e assinale a alternativa correta.
“Tanto que, entre alguns, é chamada de ‘A Feira Mãe’. Já não é grandiosa como chegou a ser no começo dos anos 2000, quando tinha em torno de 130 bancas que se espalhavam até o Cais Mauá e ocupavam a beira do Guaíba”.
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa-me paz!
Se me queres
enfim
tem de ser bem devagarinho, amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

QUINTANA, Mário. Obra completa em um volume. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,2005, p.642

Sobre a colocação dos pronomes oblíquos átonos, assinale a alternativa correta.
E se é verdade que o princípio dos castigos deve estar subscrito no pacto, não é necessário que cada cidadão aceite a pena extrema (...) O direito de punir se deslocou da vingança do soberano à defesa da sociedade. Mas ele se encontra então recomposto com elementos tão fortes que se torna quase mais temível. O malfeitor foi arrancado a uma ameaça, por natureza, excessiva, mas é exposto a uma pena que não se vê o que pudesse limitar. Volta de um terrível superpoder. Tem-se a necessidade de que se coloque um princípio de moderação ao poder do castigo.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. São Paulo: Vozes,2014, p.89.

Em cada fragmento extraído do texto, há um “que” sublinhado. Assinale a alternativa que corresponde à classificação correta entre parênteses.
Assinale a alternativa que possui o emprego de um pronome relativo invariável: