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FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar. p.247.
Considerando o contexto do texto, assinale a alternativa correta.
[...]
Fico na frente da televisão para aumentar o meu ódio. Quando minha cólera está diminuindo e eu perco a vontade de cobrar o que me devem eu sento na frente da televisão e em pouco meu ódio volta. Quero muito pegar um camarada que faz o anúncio de uísque. Ele está vestidinho, bonitinho, todo sanforizado, abraçado com uma loura reluzente, e joga pedrinhas de gelo num copo e sorri com todos os dentes, os dentes dele são certinhos e são verdadeiros [...]. Agora está ali, sorrindo, e logo beija a loura na boca. Não perde por esperar. [...]
FONSECA, Rubem. In: 64 contos. São Paulo: Cia. das Letras,2004. p.275.
No fragmento textual, encontra-se subentendida uma crítica velada aos meios de comunicação de massa. Qual é essa crítica?
[...]
Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida. [...]
A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte. Já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escravizava e que tu amavas.
Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão de idealizar, construir.
[...]
VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras,2007. p.87.
De acordo com as ideias retratadas no texto, dadas as afirmativas,
I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador.
II. Mesmo diante da morte, o narrador afirma a crença em um futuro potencialmente melhor.
III. O narrador acredita que haverá um momento em que essa relação será invertida e os seres humanos conseguirão libertar-se da posição servil em que se encontram.
verifica-se que está(ão) correta(s)
A beleza é uma obsessão contemporânea. A física. Fala-se muito de interior, mas esta é rara, como sempre foi. Quem fala muito em beleza interior é porque é feio.
PONDÉ, L. F. A era do ressentimento. São Paulo: Leya,2014, p.69.
Em geral, a afirmação do filósofo Luiz Felipe Pondé define a seguinte tese:
Sendo mortal e, por conseguinte, imperfeito, o homem sempre se verá como parte de uma realidade infinita que o circunda e sempre se achará em luta contra ela. Volta e meia se defrontará com a contradição constituída pelo fato de ser ele um ‘eu’ limitado e, ao mesmo tempo, fazer parte de um todo ilimitado.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar. p.247.
Considerando o contexto do texto, assinale a alternativa correta.