Questões de Concurso
Filtrar
5.852 Questões de concurso encontradas
Página 994 de 1.171
Questões por página:
O dilema entre o perdão e a vingança
Thomaz Favaro
A luta entre a sabedoria que leva à reconciliação e o desejo de retaliar é mais antiga que a civilização e continua sendo travada nos dias atuais. A lição da história é que foi através do perdão que a humanidade conseguiu interromper as espirais de violência provocadas pela vingança.
“Enquanto dormimos / a dor que não se dissipa / cai gota a gota sobre nosso coração / até que, em meio ao nosso desespero / e contra nossa vontade / apenas pela graça divina / vem a sabedoria.” Esses versos, escritos há 25 séculos pelo poeta grego Ésquilo, formam a mais antiga e, para muitos, a mais bela conclamação ao perdão jamais colocada em pedra, papiro, papel ou tela. [...]
A luta entre a sabedoria que leva ao perdão e o desejo de vingança, porém, é mais antiga do que a civilização e é provável que sobreviva a ela, pelos exemplos a que assistimos hoje por toda parte. [...]
Parece fazer parte do mecanismo instintivo de defesa dos seres humanos responder a um tapa com outro tapa. Os bebês fazem isso com aquele jeito inocente e angelical que torna doloroso chamar a reação de vingança. Dar a outra face é a exceção pregada, com sucesso duvidoso, há mais de 2 000 anos pelo cristianismo. [...]
Disponível em:<http://origin.veja.abril.com.br/030908/p_086.shtml>. Acesso em: 23 out.2017.
Dadas as afirmativas a respeito do texto,
I. Foi apresentada, no texto, uma afirmação categórica de que o desejo de vingança é inerente ao ser humano.
II. O dilema textual consiste no embate dos seres humanos por decidir entre o vingar ou perdoar uma ofensa.
III. A conjunção destacada enquanto introduz uma oração subordinada adverbial, estabelecendo uma relação de proporcionalidade.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Envelhecer: com mel ou fel?
[...]
Envelhecer deveria ser como plainar. Como quem não sofre mais (tanto) com os inevitáveis atritos. Assim como a nave que sai do desgaste da atmosfera e vai entrando noutro astral, e vai silente, e vai gastando nenhum-quase combustível, flutuando como uma caravela no mar ou uma cápsula no cosmos.
Os elefantes, por exemplo, envelhecem bem. E olha que é uma tarefa enorme. Não se queixam do peso dos anos, nem da ruga do tempo e, quando percebem a hora da morte, caminham pausadamente para um certo e mesmo lugar – o cemitério dos elefantes, e aí morrem, completamente, com a grandeza existencial só aos grandes permitida.
Os vinhos envelhecem melhor ainda. Ficam ali nos limites de sua garrafa, na espessura de seu sabor, na adega do prazer. E vão envelhecendo e ganhando vida, envelhecendo e sendo amados e, porque velhos, desejados. Os vinhos envelhecem densamente. E dão prazer.
O problema da velhice também se dá com certos instrumentos. Não me refiro aos que enferrujam pelos cantos, mas a um envelhecimento atuante como o da faca. Nela o corte diário dos dias a vai consumindo. E, no entanto, ela continua afiadíssima, encaixando-se nas mãos da cozinheira como nenhuma faca nova.
Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem de modo diferente. Como as facas, digamos, por desgaste, sim, mas nunca desgastante. Seria a suave solução: a gente devia ir se gastando, se gastando, se gastando até desaparecer sem dor, como quem, caminhando contra o vento, de repente, se evaporasse. E iam perguntar: cadê fulano? E alguém diria – gastou-se, foi vivendo, vivendo e acabou. Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo.
[...]
SANT’ANNA, Affonso R. de. Coleção melhores crônicas. São Paulo: Global,2003.
O narrador do texto, ao problematizar a respeito da transição para a velhice, faz alusão a três diferentes elementos, os quais, a princípio, são incompatíveis do ponto de vista semântico: o elefante, o vinho e a faca. Tendo em vista a coerência textual, assinale a alternativa que remete ao papel que esses elementos desempenham.
Os ombros suportam o mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
[...]
Disponível em:<http://www.releituras.com/drummond_osombros.asp> . Acesso em: 16 out.2017.
Dadas as afirmativas sobre o poema e seu título,
I. No título do poema, há uma hipérbole que consiste no exagero proposital de fatos, atribuindo-lhes proporções fora do normal.
II. No título do poema, está presente a figura de linguagem metonímia na palavra “ombros”, os quais substituem “pessoas”, baseando-se numa relação de parte (ombros) pelo todo (pessoas).
III. Na primeira estrofe, a palavra tempo é empregada três vezes, constituindo uma figura de linguagem: repetição ou reduplicação.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Dadas as afirmativas, levando em consideração as diferentes linguagens e a construção do gênero textual em questão,
I. A linguagem não verbal, no texto, pode ser interpretada como uma atitude de afastamento ou denúncia.
II. A linguagem verbal é apresentada com uma oração, cujo sujeito classifica-se como indeterminado.
III. Os elementos visuais do cartaz podem indicar que ele faz parte de uma campanha de conscientização.
verifica-se que está(ão) correta(s) apenas
Disponível em:<https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+reflexivas&tbm> . Acesso em: 14 fev.2017.
Assinale a alternativa correta em relação aos tipos de frases dos quadrinhos.