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Lendo o mundo e escrevendo a vida
O acesso à informação cada vez mais facilitado colocou às claras dois fatos contraditórios. Por um lado, o jovem tem cada vez mais textos à sua frente, quando acessa uma mídia social. Por outro lado, ainda há muitas dificuldades que esse jovem enfrenta para expressar suas ideias através de textos. Como isso ocorre e qual o papel do educador na formação desse leitor escritor?

Difícil identificar o que amedronta mais um aluno: um texto para ser interpretado ou uma folha em branco para que ele a preencha produzindo seu próprio texto. Estes dois atos parecem muito simples para quem analisa, fria e superficialmente, o desenrolar dos ensinamentos a partir da primeira série do ensino fundamental. A expectativa para que a criança comece a ler e escrever, seja por parte dos pais, seja por parte dos educadores, é muito grande; ; tanto que algumas crianças já vêm para a escola quase alfabetizadas.
O desafio, porém, não é apenas colocá-la em contato com as letras. Vai muito além disso. Há vários pequenos processos dentro deste processo maior chamado leitura e escrita. Quando o texto deixa de ser apenas um modelo do “bem falar e bem escrever”, passa-se a estudar outras funções intrínsecas às suas mais diversas finalidades. Um texto pode divertir, informar, sugerir, entreter, apelar, insinuar, argumentar e assim por diante. Como, então, aproximar o aluno deste mundo tão variado, fazendo com que ele consiga enxergar essa diversidade e entendê-la?
[...]
LÍNGUA PORTUGUESA. Conhecimento Prático. Ed. Escala. n.62.2017.
Em se tratando dos aspectos estruturais e das estratégias discursivas utilizadas pelo autor do texto, é válido afirmar que
Entretanto Mart’nália Não vá agora, deixa eu melhorar Não fique triste, tudo vai passar
É só ciúme, doença que contraí porque te amo demais
Mas também é loucura, loucura tem cura, ciúme também
E paixão é o que me faz bem
Entretanto não vá
Não vá me abandonar
Você é o remédio
Que me tira do tédio, quando me faz amar
[...]
Disponível em : https://www.letras.mus.br/martalia/717507/> . Acesso em: 11 fev.2017.

Os termos destacados expressam, respectivamente, relação semântica, adequada ao contexto, de

A desigualdade mundial: de 150 euros por mês a 3.000 euros por mês


A desigualdade mundial contrasta países cuja renda média por habitante é da ordem de 150-250 euros por mês (África Subsaariana e Índia) com países onde a renda média por habitante alcança um patamar entre 2.500-3.000 euros por mês (Europa Ocidental, América do Norte, Japão) – ou seja, onde as pessoas ganham vinte vezes mais. A média global, que corresponde aproximadamente ao nível da China, situa-se em torno de 600-800 euros mensais.

Essas ordens de grandeza são significativas e merecem ser guardadas na memória. É preciso salientar, todavia, que são afetadas por margens de erro significativas: é sempre muito mais difícil medir a desigualdade entre nações (ou entre épocas diferentes) do que dentro de um determinado país.

PIKETY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca,2014, p.69.

Segundo o texto, as ordens de grandeza levantadas são afetadas por uma margem de erro, definida pelo(a)

O primo Basílio


Eça de Queiroz

[...]

Entraram para o escritório.

Era uma saleta pequena, com uma estante alta e envidraçada, tendo em cima a estatueta de gesso, empoeirada e velha, de uma bacante em delírio. A mesa, com um antigo tinteiro de prata que fora de seu avô, estava ao pé da janela; uma coleção empilhada de Diários do Governo branquejava a um canto; por cima da cadeira de marroquim-escuro pendia, num caixilho preto, uma larga fotografia de Jorge; e sobre o quadro duas espadas encruzadas reluziam. Uma porta, no fundo, coberta com um reposteiro de baeta escarlate, abria para o patamar.


Disponível em: <https://www.dominiopublico.gov.br/dowload/texto/ph000227.pdf>. Acesso em: 20 fev.2017.


O fragmento está inserido em uma estrutura narrativa comprovada por aspectos linguísticos marcados pela presença de

Canção


Olavo Bilac

Dá-me as pétalas de rosa

Dessa boca pequenina:

Vem com teu riso, formosa!

Vem com teu beijo, divina!

Transforma num paraíso

O inferno do meu desejo...

Formosa, vem com teu riso!

Divina, vem com teu beijo!

Oh! Tu, que tornas radiosa

Minh’alma, que a dor domina,

Só com teu riso, formosa,

Só com teu beijo, divina!

Tenho frio, e não diviso

Luz na treva em que me vejo:

Dá-me o clarão do teu riso!

Dá-me o fogo do teu beijo!


Disponível em: <https://pt.wikisource.org/wiki/> . Acesso em: 23 jul.2016.


Dadas as afirmativas, considerando a constituição do gênero poético,


I. No poema, observa-se a presença da interação, uma vez que há evocação do interlocutor.

II. Para expressar a dependência do eu-lírico em relação à mulher amada, o poeta utiliza um recurso linguístico que é a alternância das formas verbais nos modos imperativo e indicativo.

III. Há, no poema, um recurso linguístico usado pelo poeta: a recuperação da voz feminina através da citação direta e explícita.


verifica-se que está(ão) correta(s)