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A partir de 1986, os Códigos de Éticas do Serviço Social explicitaram que os usuários dos serviços sociais são sujeitos da intervenção profissional, inseridos em sua condição de classe trabalhadora, como afirmou o Código de Ética de 1993, ao colocar como UM de seus princípios fundamentais:
“Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor:” A afirmativa anterior, extraída do Código de Ética do Assistente Social (1993), trata-se do item
Paula (2014) afirma que: “por meio dos esforços teórico-políticos da intenção de ruptura constituímos na década de 1980 e consolidamos em 1990 um projeto ético-político profissional inspirado na tradição marxista, que configurou-se como direcionamento para todos os assistentes sociais identificados com os propósitos dessa vertente do Processo de Renovação. Estando esse projeto profissional articulado a um projeto societário que propõe a superação da ordem capitalista, fazem-se necessárias mediações entre a projeção, a meta, o objetivo e a realidade. Nesse sentido, o projeto ético-político consolidado no Serviço Social, nos anos de 1990, constitui-se em um importante instrumento orientador do exercício profissional que se quer crítico e comprometido com os usuários. No entanto, o projeto profissional em questão exigiu dos assistentes sociais a formulação de estratégias e táticas que pudessem estabelecer mediações entre os princípios defendidos por esse projeto e a realidade profissional vivenciada pela categoria. As estratégias são, portanto, mediações importantes que se colocam entre projeções e operacionalização das intenções. No entanto, elas necessitam, ainda, da construção de táticas que possam aproximá-las da realidade”. Nesse sentido, a partir do pensamento da autora, o que são as estratégias e as táticas respectivamente?
“Ana trabalha como assistente social em uma organização há 5 anos, cumprindo, atualmente, uma jornada de 30 horas semanais, responsável por planos, programas e projetos na área de Serviço Social. Durante o tempo em que está vinculada à organização, a funcionária não conseguiu priorizar seu aprimoramento e qualificação profissional até um determinado momento. Tendo sido selecionada para uma pós-graduação, cujo objeto de estudo está diretamente ligado ao seu trabalho, a profissional passa a avaliar suas possiblidades. Tal curso exigirá que ela esteja, presencialmente, duas vezes por semana, em sala de aula e, portanto, fora do seu local de trabalho. Preocupada em qualificar seu trabalho, mas também em colocar esse aprimoramento a serviço dos princípios do Código de Ética do Assistente Social, Ana deseja ingressar na pós-graduação e, a partir daí, fazê-la de forma continuada. Para tal, a profissional apresentou uma proposta à organização à qual está vinculada, solicitando ‘liberação’ do trabalho nos dois dias de curso, para a qual ainda aguarda resposta.” Ana está diante de:

Behring e Santos (2009), ao analisarem as relações entre questão social e direitos, colocam em evidência três grandes desafios ao serviço social (no contexto de comemoração dos 30 anos do Congresso da Virada). Trata-se, segundo as autoras: “‘do entendimento sobre direito e sua relação com a totalidade da vida social; do vínculo entre as lutas pela realização dos direitos e as classes sociais; e do movimento teórico-ético e político no serviço social frente às formas e estratégias de luta que se destinam a reivindicar direitos’. E as autoras ainda perguntam: ‘Mas, afinal, que relações se estabelecem entre a questão social, os direitos e o Serviço Social?’”.

Para responder a essa questão Behring e Santos levantam alguns pontos considerados importantes; entre eles ressaltam: