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Em 1º de abril de 1977, a despeito do discurso de abertura política “lenta e gradual”, o presidente Ernesto Geisel (1974-1979), utilizando prerrogativas do Ato Institucional nº 5 (AI-5), fechou o Congresso e impôs emenda constitucional e decretos autoritários conhecidos como “pacote de abril”. Dentre as medidas tomadas figurava
Expedidos entre 1964 e 1969, os atos Institucionais, regulamentados por atos complementares, conferiam aos militares plenos poderes: fechar as Casas Legislativas, cassar mandatos eletivos, demitir funcionários, suspender direitos políticos e aposentar e punir magistrados e militares, entre outros. Diante disso,
O historiador Jorge Ferreira assim descreve a situação que antecedeu o golpe de 1964:
João Goulart apresentou, no início de 1963, sua plataforma de governo: o Plano Trienal, cujas metas principais eram combater a inflação sem comprometer o desenvolvimento econômico para, em seguida, realizar as 'reformas de base' [...]. Foi contestado pelos movimentos sindical, estudantil e camponês e pelos partidos de esquerda que consideraram a proposta reacionária. Os empresários se dividiram. Diante de tantas resistências, o Plano fracassou. A partir daí os setores de direita e os grupos de esquerda radicalizaram. Ambos se negavam a ceder para alcançarem acordos em comum [...]. Os partidários da direita tentariam impedir as alterações econômicas e sociais, sem preocupação em respeitar as instituições democráticas [...]. Os grupos de esquerda exigiam as reformas, a qualquer preço. O presidente acabou por aliar-se à esquerda. A aliança foi selada num grande comício em 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro. (Artigo publicado na revista Nossa História, Rio de Janeiro, mar.2004 − texto adaptado)
Tal aliança é manifesta quando João Goulart, no comício,
A Ditadura Militar brasileira, iniciada pelo golpe de 31 de março de 1964 e que perdurou até 1985, ficou marcada por trazer forte repressão aos cidadãos brasileiros, bem como pela supressão de direitos e garantias fundamentais, através da edição dos hediondos Atos Institucionais (AI). No entanto, o movimento que culminou no golpe de 31 de março de 1964 teve motivação inicial bem diversa da consequência acima transcrita, que era:

Com uma história baseada na guerra, a Polícia Militar da Bahia atravessou dois séculos combatendo a revolta dos Malês, reforçando a destruição de Canudos para saudar a república, e se institucionalizando na ditadura militar, que alguns [...] ainda tratam como o período da “Revolução". (SANTOS; WALÊ, 2013, p.29).

A diferença entre se tratar o período do governo militar como um golpe de Estado ou uma revolução ocorre pelo fato de