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A interação verbal entre interactantes pode ser realizada através da oralidade ou da escrita, a depender da situação comunicacional. Os falantes podem eleger quaisquer dos níveis existentes na linguagem para expressar o que desejam comunicar: a linguagem padrão (ou culta), a coloquial, a regional, as gírias ou ainda a vulgar (ou não-padrão). A este respeito, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. I. A linguagem regional faz referência aos ‘falares locais’, às variações que ocorrem de acordo com o espaço geográfico onde os falantes moram ou de onde são naturais. O Brasil, ainda que possua uma grande extensão territorial, não apresenta grande variação regional. II. A linguagem culta reflete-se, principalmente, na modalidade escrita da língua, revelando elevado grau de rigor e correção gramatical, como o devido uso da pontuação, da acentuação, da colocação pronominal, da concordância e da regência, entre outros. III. A gíria é um meio de expressão cotidiana e está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais, podendo ser incorporadas ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos falantes. Geralmente, elas costumam durar por muito tempo nas comunidades onde surgem. IV. A linguagem coloquial é normalmente empregada em situações informais de interlocução, em eventos de fala do nosso cotidiano, em ambientes e/ou situações em que o uso da norma culta da língua não é prioridade. V. A linguagem vulgar é aquela em que os falantes não seguem as regras da gramática normativa (ou culta). Embora neste nível a linguagem seja mais rudimentar, ainda é possível compreender o que pretende comunicar o interlocutor que a utiliza.
Estão corretas as afirmativas:

Leia a historinha O limoeiro de Maurício de Sousa.


Legenda:

CB – Chico Bento (falando com um limoeiro que ele plantou)

P – Pai do Chico Bento

M – Mãe do Chico Bento


CB: – Vixi! Como você cresceu! Inté parece qui foi onte qui prantei esse limoero! Agora, já ta cheio di gaio! Quase da minha artura! Como o tempo passa, né? Uns tempo atrais, ocê era deste tamanhico! Fiz um buraquinho i ponhei ocê inda mudinha dentro! Protegi dos ventos, do sor, das geada... i nunca dexei fartá água! Imagina si eu ia dexá ocê passá sede! Hoje você ta desse tamanhão! Quero vê o dia im qui ocê tivé mais grande qui eu! Imagina só! Cum uns gaio cumprido cheio di limão i umas fia bem larga, pra dá sombra pra quem tivé dibaxo! Aí, num vô percisá mais mi precupá c’ocê, né limoero? Pruque aí ocê vai tá bem forte! Vai sabê si protegê do vento do sor i da geada, sozinho! I suas raiz vão tá tão cumprida qui ocê vai podê buscá água por sua conta! Ocê vai sê dono doce mesmo! Sabe, limoero...Tava pensando...Acho que dispois, vai sê eu qui vô percisá docê! Isso é... Quando eu ficá mais véio! Craro! Cum uns limão tão bão qui ocê tem... i a sombra qui ocê dá, pode mi protegê inté dos pongo di chuva! Ocê vai fazê isso, limoeiro? Cuidá de mim também? Num importa! O importante é qui eu prantei ocê! I é ansim qui eu gosto! Do jeito qui ocê é.

P (para M): – Muié... tem reparado como nosso fio cresceu?

Fonte: Chico Bento, nº 354.


Considerando a variação linguística utilizada, assinale a opção que apresenta uma visão preconceituosa a respeito do texto.

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Pode-­se dizer que, no que se referia ao uso da linguagem, Fabiano
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Observe o trecho da canção: Tá chegando o fim das épocas, vai pegar fogo no mundo, / e o pior, que os vagabundos toca música estrangeira / em vez de aproveitar o que é da gente do Nordeste. / Vou chamar de mentiroso quem dizer que é cabra da peste.

Nessa passagem, o autor vale-se de registros coloquiais, em conformidade com suas intenções comunicativas, em função do gênero textual utilizado. Isso se comprova com as expressões:

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“Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.” (ANEEL,2010) O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.