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A partir das reflexões apresentadas no texto precedente, julgue o próximo item.
A “reivindicação do ‘direito à diferença’”, mencionada no texto e presente nos embates sociológicos atuais, está centrada, em especial, na maneira como os novos e os velhos movimentos sociais estão dando continuidade a uma disputa emanada da posição conservadora.
Os conceitos de grupo étnico e de etnicidade têm sido utilizados, conforme Antônio Lima e Sérgio Castilho (2010), como chaves conceituais para ultrapassar a visão simplista do senso comum que considera manipulação, e fruto de interesses espúrios, tudo o que não caia nos lugares comuns sobre índios, negros e ciganos, por exemplo.
Sobre estes conceitos, julgue os itens abaixo.
I) A noção de etnicidade é a chave explicativa que nos sinaliza para os complexos processos de diferenciação, tanto aqueles pelos quais uma coletividade se diferencia de outras coletividades em seu entorno ou do Estado Nacional a que está subsumida, quanto aqueles que, partindo de fora desses coletivos, também o considera diferenciado.
II) Etnicidade designa o sentimento de ser portador de atributos distintivos face aos integrantes de outros grupos, sendo estes atributos considerados os mais importantes pelos indivíduos que pertencem a um dado grupo.
III) A etnicidade, como marcador de diferença, é um fenômeno de ordem essencialmente cultural.
IV) A noção de etnicidade aponta para os aspectos de redefinição do sujeito no mundo moderno, assim como para as diversas transformações que esse sujeito vem passando, além de designar a vivência e expressão de certos graus e formas de coerência, solidariedade e uma consciência da diferença própria a cada grupo étnico.
V) A noção de etnicidade baseia-se no afastamento de uma trajetória histórico-social e interpretações acerca das experiências inscritas sob a forma de tradições orais ou escritas em mitos, histórias de origem e trajetórias comuns.
Assinale a alternativa que contém somente as sentenças CORRETAS.
Segundo Georg Simmel (1903), a vida moderna apresenta um fosso intransponível entre o que ele chama de cultura subjetiva e cultura objetiva.
Sobre sua análise acerca da cultura nas sociedades modernas, marque (V) para as sentenças VERDADEIRAS e (F) paras as FALSAS.
( ) A simples leitura de uma revista semanal pode oferecer mais informação do que o homem dos tempos medievais seria capaz de adquirir ao longo de sua vida. Mas, certamente, a quantidade de informações que o homem medieval conseguia apreender da cultura de sua época é maior que aquela processada pelo homem de hoje.
( ) Nas sociedades modernas, o número de livros, de músicas, de espetáculos, de filmes, de teorias, de ideias, que estão à nossa disposição é enorme, o que nos proporciona maior acesso à cultura.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de um enorme acervo de máquinas, equipamentos, brinquedos e instrumentos, que nos auxiliam na resolução de situaçõesproblema do dia-a-dia.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de uma lista interminável de bens que se multiplicam a cada dia, ocupando o lugar da novidade de ontem e já anunciando o que ficará obsoleto amanhã, numa espiral sem fim. Esses bens são obras do intelecto, do engenho e da criatividade de homens e mulheres, mas não pertencem exclusivamente a seus criadores, porque são bens públicos.
( ) Aproximação e distanciamento são duas faces da mesma moeda: o paraíso e o inferno da vida moderna. Exemplo disso, é a sensação de liberdade ao caminharmos sem explicar porque estamos vestidos assim ou assado, e ao receio de não sermos socorridos por alguém, caso necessitemos.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
“A revolução que ocorrerá da nossa disciplina durante o primeiro terço do século XX é considerável: ela põe fim à repartição das tarefas, até então habitualmente divididas entre o observador (viajante, missionário, administrador) entregue ao papel subalterno de provedor de informações, e o pesquisador erudito, que, tendo permanecido na metrópole, recebe, analisa e interpreta – atividade nobre! – essas informações. O pesquisador compreende a partir desse momento que ele deve deixar seu gabinete de trabalho para ir compartilhar a intimidade dos que devem ser considerados não mais como informadores a serem questionados, e sim como hóspedes que o recebe e mestres que o ensinam. Ele aprende então, como aluno atento, não apenas a viver entre eles, mas a viver como eles, a falar sua língua e a pensar nessa língua, a sentir suas próprias emoções dentro dele mesmo. Trata-se, como podemos ver, de condições de estudo radicalmente diferentes das que conheciam o viajante do século XVIII e até o missionário ou o administrador do século XIX, residindo geralmente fora da sociedade indígena e obtendo informações por intermédio de tradutores e informadores: este último termo merece ser repetido. Em suma, a antropologia se torna pela primeira vez uma atividade ao ar livre, levada, como diz Malinowski, ‘ao vivo’, em uma “natureza imensa, virgem e aberta”.
(LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense,2003)
Sobre a Etnografia, é possível afirmar que:
I) O pesquisador vai ao campo já “equipado” com as categorias que pretende analisar e sua experiência no campo visa validar ou não essas categorias.
II) A boa Etnografia é aquela na qual o pesquisador se “despe” totalmente de sua identidade. Somente assim é possível garantir critérios de cientificidade.
III) A Etnografia é uma experiência de imersão na sociedade do outro – mesmo que esse outro seja um grupo que pertença à mesma sociedade do pesquisador –, visando compreender a sociedade pelos “olhos” dos nativos.
IV) A Etnografia pode ser conceituada como uma Descrição Densa, onde o pesquisador deve levar em consideração a maioria dos aspectos da vida social do grupo a ser pesquisado.
Apresentam as alternativas CORRETAS: