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“[…] a tese da dissociação-valor, em síntese, afirma que o feminino, o trabalho de casa etc. sofre uma “dissociação” [Abspaltung] do valor, do trabalho abstracto e das formas de racionalidade que lhe estão ligadas, sendo que determinadas qualidades com conotação feminina como sensibilidade, emocionalidade etc. são atribuídas à mulher; ao homem, pelo contrário, compete a força do entendimento, a fortaleza de carácter, a coragem etc. No desenvolvimento moderno, o homem foi equiparado com a cultura, a mulher com a natureza. Valor e dissociação estão assim numa relação dialéctica recíproca”. (SCHOLZ,2000; s/p)

Com base na citação acima, assinale a alternativa correta:

As últimas décadas foram marcadas por transformações de enorme magnitude no mundo do trabalho. Sobre tais mudanças, é correto afirmar que

As manifestações recentes contra o racismo estrutural no Brasil e no mundo reatualizaram os princípios da declaração sobre a raça e os preconceitos raciais proclamada pela Conferência Geral da UNESCO, em 1978.

Leia o trecho da Declaração a seguir.

Artigo 1º §1. Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem. Nascem iguais em dignidade e direitos e todos são parte integrante da humanidade.

§2. Todos os indivíduos e os grupos têm o direito de serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem vistos como tal. Contudo, a diversidade das formas de vida e o direito à diferença não podem, em quaisquer circunstâncias, servir de pretexto para os preconceitos raciais; não podem legitimar, de direito ou de fato, qualquer prática discriminatória, nem servir de fundamento para a política do apartheid, que constitui a mais extrema forma do racismo.

§3. A identidade de origem não afeta de modo algum o fato de os seres humanos poderem viver de forma diferente, nem prejudica a existência de diferenças baseadas na diversidade das culturas, do meio ambiente e da história, nem o direito de manter a identidade cultural.


Com relação ao texto, é correto afirmar que

Ainda que as transformações demográficas tenham cada vez mais repercutido no aumento da proporção e do número de idosos na sociedade de maneira global, se observa que certos estereótipos com relação à velhice seguem prevalecendo como visões parciais e confusas dessa etapa da vida. Um conjunto de atitudes, em geral negativas e que se expressam de diferentes maneiras, no que diz respeito ao envelhecimento, ainda que nem sempre de modo intencional, caracteriza a gerofobia (do grego gero = velho ou idoso fobos = temor, medo), a qual, atrás do rascismo e sexismo, é a terceira forma mais comum de discriminação. O termo se refere a visões e atitudes depreciativas para com os idosos, a exemplo da discriminação pela idade ou da imposição da perda de protagonismo, que se observa a partir de uma lógica marginalizadora, respaldada socialmente na “ditadura” da idade.

(Neilson Santos Meneses. Gerofobia. Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/20100-gerofobia. Adaptado)


Em conformidade com o texto, podemos perceber que diversas formas de preconceito – como gerofobia, racismo e sexismo – contribuem para a desumanização e coisificação do outro. Desse modo, conclui-se que

“As mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média,76,5% do rendimento dos homens. Essas e outras informações estão no estudo de Estatísticas de Gênero, divulgado pelo IBGE.”

(Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem. Agência IBGE Notícias. Disponível em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br. Adaptado)


No Brasil, diferenças sociais entre homens e mulheres prejudicam a democracia porque