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Os sapos

(Manuel Bandeira.)

Enfunando os papos,

Saem da penumbra,

Aos pulos, os sapos.

A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,

Berra o sapo‐boi:

– “Meu pai foi à guerra!”

– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

O sapo‐tanoeiro,

Parnasiano aguado,

Diz: – “Meu cancioneiro

É bem martelado.

Vede como primo

Em comer os hiatos!

Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.

O meu verso é bom.

Frumento sem joio.

Faço rimas com

Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos

Que lhes dei a norma:

Reduzi sem danos

A fôrmas a forma.

Clame a saparia

Em críticas céticas:

Não há mais poesia,

Mas há artes poéticas...”

Urra o sapo‐boi:

– “Meu pai foi rei” – “Foi!”

– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

[...]

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar,1985.)


Dentre as diversas manifestações culturais que compõem os anos 1920 no Brasil, está presente, de forma relevante, a Semana de Arte Moderna, que ocorreu nos dias 13 (segunda‐feira),15 (quarta‐feira) e 17 (sexta‐feira) de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Era o Ano do Centenário da Independência de um País oligárquico. O evento abalou a elite paulista. Entre os poemas apresentados no segundo dia, está “O Sapo” de Manuel Bandeira. De acordo com o exposto, é correto identificar essa semana como:

Leia a entrevista dada pelo coronel e historiador militar Manoel Soriano Neto à revista Verde Oliva, sobre a vinda de D. João VI para o Brasil, feita em 2008.


Qual é, a seu ver, a importância histórica das comemorações do bicentenário da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil?

M. S – Comemorações nos trazem à memória fatos históricos superlativos ou simples episódios da vida, que têm valor individual ou coletivo. E celebrar o que é precioso nos leva a pensar e a refletir. Assim, as comemorações do duocentenário da chegada de D. João e sua Corte ao Brasil dão ensejo à relembrança de notáveis marcos de nossa História, dos quais devemos sempre nos orgulhar. Entretanto, tais celebrações seriam de acanhada dimensão se não reavaliarmos a augusta figura do 27º Rei de Portugal, fazendo‐lhe a merecida e imprescindível justiça. Eis a importância maior, dos festejos do presente ano.

E por que D. João VI, em seu entender, é tão injustiçado?

M. S – Infelizmente, de forma leviana, são emitidos juízos desairosos acerca da pessoa de D. João VI, não condizentes com a veracidade histórica e com os tantos e tamanhos serviços por ele prestados ao Brasil, em tempos de paz e de guerra. A nossa historiografia, com raras exceções, denigre esse personagem exponencial da História brasileira e portuguesa, tratando‐o debochadamente, sem levar em conta a Justiça e a Verdade.

(Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/a‐chegada‐da‐corte‐portuguesa‐ao‐brasil/.)


Segundo o historiador supracitado, há certa injustiça histórica no que se refere à figura de D. João VI. De fato há controvérsias acerca desse personagem. No entanto, aponta‐se como uma de suas ações, no período de sua estadia no Brasil:

[...] “Depois de decênios de espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz‐me chefe de uma revolução e venci.”

[...] “Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.”

[...] “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou‐se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho.”


Os fragmentos de texto referem‐se à Carta – Testamento de Getúlio Vargas, um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954. Existe uma nota manuscrita do suicídio, e um documento datilografado “Carta Testamento”, da qual se conhecem três cópias, que foi lido em seu enterro por João Goulart, porém, existe uma grande polêmica quanto à autenticidade do texto datilografado. No entanto, independente do conteúdo da carta, sabe‐se que esse segundo governo de Getúlio Vargas foi bastante conturbado e marcado principalmente:

Observe a charge a seguir.

 

(Disponível em: https://www.=a+politica+neoliberal+brasileira&biw=1920&bih=979 &source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoA2oVChMIv7HK0ZntxwIVyYmQCh1VVgGb#imgrc= em8wBAhjrlPtWM%3A.)

 

“O momento que o Brasil passava no início da década de 1990 pode ser sintetizado em desafios e contradições centrados num regime de altíssima inflação e incertezas quanto à condução política que seria tomada para uma nova tentativa de arrefecimento desse fenômeno econômico. Nessa acepção, buscou?se uma forma que equalizasse a aporia econômica e, simultaneamente, abrisse espaço para um novo caminho para a acumulação de capital, qual seja: a financeira. Diante desse novo espectro, o Brasil – com um histórico de ‘atrasos’ – é sugado para uma nova etapa do capitalismo mundial: O Neoliberalismo.”

(Carinhato,2008.)

 

De acordo com a imagem e a afirmativa anteriores, analise as premissas a seguir acerca das características e ideias principais do pensamento Neoliberal, que permeou o cenário político e econômico brasileiro a partir da década de 1990, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

 

( ) O Estado deveria minimizar ou destruir o poder dos sindicatos e tornar?se um “Estado Mínimo”.

( ) As empresas, e setores como os da Educação, previdência e saneamento básico deveriam migrar para a iniciativa pública.

( ) Deveriam ocorrer reformas fiscais, previdenciárias e a redução de impostos para apenas algumas camadas específicas da população.

( ) O governo deveria se preocupar com a estabilidade da moeda, procurando conter as causas da Inflação.

 

A sequência está correta em

Analise as imagens a seguir.

 

Imagem I

(Disponível em: https://www. =diretas+j%C3%A1&biw=1920 #imgrc=QxCTOfMwa TlLIM%3ª.)

 

Imagem II

(Disponível em: http://www.oimparcial.com.br/_2015/08/noticias/politica/179057 protestos?na?avenida?litoranea.html.)

 

“As imagens se referem a dois momentos importantes da história do Brasil e representam mobilizações populares intensas. O filósofo italiano Giorgio Agamben, na busca de compreender as contradições, os paradoxos, os limites e as possibilidades que circunscrevem os movimentos sociais na atualidade, diz que tais movimentos surgem quando o povo, categoria política que justifica e legitima o exercício de governos democráticos, se apresenta numa posição ‘impolítica’.”

(Disponível em: http://www.agambenbrasil.com.br/index.php/textos?e?producao/cinema?3/36?movimentos?sociais?contemporaneos.)

 

De acordo com as imagens e o trecho anteriores, assinale a afirmativa que se adequa à definição de impolítica.