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Segundo dados do IBGE, cerca de 28% da PEA (população economicamente ativa) brasileira trabalha no setor primário, sendo a agropecuária responsável por apenas 9,1% do nosso produto interno bruto (PIB). Levando em conta que ainda grande parte dos trabalhadores agrícolas mora na periferia das cidades e que eles se deslocam diariamente ao campo para trabalhar como boias-frias em modernas agroindústrias, percebemos que, apesar da modernização verificada nas técnicas agrícolas, ainda persistem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no campo.

SENE, E. e MOREIRA, J. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2000. p.276. Adaptado.

Essa modernização técnica do campo provoca a seguinte consequência socioespacial:

Com o avanço da urbanização do território brasileiro, nas áreas metropolitanas, surgiu um processo demográfico caracterizado pela migração diária de população trabalhadora entre municípios próximos, dependente, em grande medida, dos transportes coletivos e de massa.
Esse movimento de população é denominado

“(...) De outro lado, o número de gaúchos que, a partir de 1940, passaram a habitar outras unidades da Federação, também cresceu. A emigração no Estado aumentou significativamente até os anos 70, tendo como destinos preferenciais Santa Catarina e Paraná. Nas décadas seguintes o fluxo de gaúchos teve como destino predominante a região Centro-Oeste. Em 2010 o Censo identificou 1.066.500 gaúchos residindo em outros estados brasileiros.”

Fonte: Atlas Socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br

O Centro-Oeste recebeu um contingente significativo de migrantes do Rio Grande do Sul, sobretudo a partir da década de 1980, em função:

Os mapas a seguir representam as migrações inter-regionais no Brasil entre os anos de 2005 e 2010.

A migração inter-regional caracteriza-se pelo fluxo populacional que ocorre de uma região para outra. O saldo migratório de uma região é obtido pela diferença entre o número de entradas e saídas de pessoas em um período de tempo.

A partir dos anos 1990, registra-se o aumento de um tipo de migração inter-regional, denominada migração de retorno. Trata-se da volta do migrante para a sua região (estados e municípios) de naturalidade.

A região que teve o maior saldo migratório positivo e a região que recebeu o maior fluxo de migração de retorno no período considerado nos mapas foram, respectivamente:

Entre as regiões brasileiras, a Norte é a que possui o menor número de cidades. Todos os seus estados, inclusive o de Rondônia, apresentam baixos níveis de urbanização; ainda assim, sua população é predominantemente urbana. Um dos motivos que levou a esse processo do homem rumo à cidade foi: