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Historicamente, conforme a análise weberiana, há várias camadas das quais se originaram os políticos profissionais, segundo as formações nacionais específicas. Em todos os casos, para contrapor-se à administração organizada “em classes”, o príncipe passou a apoiar-se em camadas sociais que fossem politicamente utilizáveis. Sobre as camadas sociais utilizadas pelo príncipe mencionadas por Weber, associe a segunda coluna com a primeira.
I) Os clérigos
II) Os literatos de formação humanista
III) A nobreza cortesã
IV) Gentry
V) Os juristas de formação universitária
( ) Um fenômeno típico dos países europeus continentais, cuja entrada trouxe a influência do direito romano para a administração política, constituindo o chamado Estado racional.
( ) Na Índia e na Indochina, na China budista, no Japão e na Mongólia dos lamas, do mesmo modo como nas regiões cristãs da Idade Média, foram empregados de modo generalizado, basicamente porque sabiam escrever e estavam à margem das lutas políticas ordinárias, e porque não buscavam poder político para sua própria descendência, que era uma importante fonte de conflitos com o soberano.
( ) Uma vez que os príncipes conseguiram despojar a nobreza de seus poderes estamentais, atraíram-na à Corte e utilizaram-na no serviço político e diplomático.
( ) Camada típica da Inglaterra, trata-se de um patriciado que abarcava o pequeno comerciante e o pequeno rentista urbano e que foi utilizado pelo príncipe contra os barões. De posse dos cargos do governo, tal extrato social manteve-se na administração gratuitamente, no interesse do seu próprio poder social e, como resultado, preservou a Inglaterra da burocratização, que constituiria o destino da totalidade dos Estados continentais.
( ) Homens que aprendiam a fazer discursos em latim e versos em grego e que eram recrutados como conselheiros políticos do príncipe. Esta camada, com seus convencionalismos desenvolvidos na antiguidade chinesa, decidiu o destino conjunto da China.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de associação, de cima para baixo.
Segundo Max Weber, o cientista atribui aos fragmentos selecionados da realidade um sentido, destacando certos aspectos cujo exame lhe parece importante. O cientista baseia-se, portanto, em seus próprios valores e, para tanto, deve orientar-se por um modelo de interpretação-investigação – chamado de tipo ideal.
Quais são, para Weber, as possibilidades e limites desse modelo?
I) A elaborar o tipo ideal, parte-se da escolha, numa realidade infinita, de alguns elementos do objeto a ser interpretado que são considerados pelo investigador os mais relevantes para a explicação. O processo de seleção acentua – necessariamente certos traços e deixa de lado outros, o que confere unilateralidade ao modelo puro.
II) Os elementos causais são relacionados pelo cientista de modo racional, embora não haja dúvida sobre a influência, de fato, de incontáveis fatores irracionais no desenvolvimento do fenômeno real.
III) No que diz respeito à ênfase na racionalidade, o tipo ideal só existe como utopia e não é, nem pretende ser, um reflexo da realidade complexa, muito menos um modelo do que ela deveria ser.
IV) um conceito típico-ideal é um modelo simplificado do real, elaborado com traços considerados essenciais para a determinação da causalidade, segundo os critérios de quem pretende explicar os fenômenos.
V) Na medida em que o cientista procede a uma seleção, esta se distancia de suas próprias concepções do que é essencial no objeto examinado, e sua construção típico-ideal corresponderá às de outro cientista. Ele procederá, a partir daí, a uma comparação entre o seu modelo e a dinâmica da realidade empírica que examina.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.
Os fatos sociais são, para Durkheim, maneiras de agir, de pensar ou sentir que são exteriores ao indivíduo e dotados de um poder coercitivo. Para ele, os sociólogos devem considerar algumas regras na observação dos fatos sociais.
Assinale a alternativa que apresenta as regras de observação dos fatos sociais.
Marx, ao se referir à produção, não o faz de um modo geral, mas considerando o estágio de desenvolvimento social, ou seja, a produção dos indivíduos vivendo em sociedade. Assim, embora a sociedade seja o produto da ação recíproca dos homens, ela não é uma obra que esses realizam de acordo com seus desejos particulares. A estrutura de uma sociedade depende, portanto, do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes.
Considerando os conceitos de forças produtivas e relações sociais de produção, julgue as sentenças abaixo.
I) Os conceitos de forças produtivas e relações sociais são independentes e têm, antes de mais nada, uma finalidade analítica, de modo a tornar inteligível a realidade.
II) O conceito de forças produtivas busca apreender o modo como os indivíduos obtém, em determinados momentos, os bens de que necessitam. Para isto, leva em consideração o grau em que desenvolvem sua tecnologia, processos e modo de cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e as matérias primas de que dispõem. Pretende, portanto, exprimir o grau de domínio humano sobre a natureza.
III) O conceito de relações sociais de produção refere-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto e o tipo de divisão social do trabalho numa sociedade, em um período histórico determinado.
IV) O conceito de relações sociais expressa o modo como os homens se organizam entre si para produzir; que formas existem naquela sociedade para apropriação de ferramentas, tecnologias, terra, fontes de matéria prima e as diversas maneiras pelas quais os membros da sociedade produzem e repartem o produto.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.
A Revolução Industrial, que tem o seu auge em meados do século XIX, alterou de modo substantivo as atividades relacionadas ao trabalho e foi a responsável por mudanças importantes na vida das pessoas e das organizações produtivas. O trabalho tornou-se referência essencial para se entender a sociedade capitalista, o que pode inclusive ser notado nos escritos dos principais autores clássicos da Sociologia (Durkheim, Weber, Marx).
Sobre a compreensão desse fenômeno pelos clássicos da Sociologia, julgue os itens abaixo.
I) Segundo Karl Marx, o trabalho contido na “mercadoria” possui um duplo caráter: trabalho concreto e trabalho abstrato. O trabalho concreto corresponderia à utilidade da mercadoria (valor de uso) e à dimensão qualitativa dos diversos trabalhos úteis. Já o trabalho abstrato corresponderia ao dispêndio de força humana, independente das múltiplas formas em que seja empregada, e nessa qualidade é que criaria o valor das mercadorias.
II) Marx também percebeu que “o desenvolvimento da indústria moderna reduziria a maior parte do trabalho das pessoas a tarefas chatas e desinteressantes”. E que a divisão do trabalho alienava os seres humanos do seu trabalho. Os trabalhadores industriais teriam pouco controle sobre a natureza da sua tarefa, apenas contribuiriam com uma fração para a criação de todo o produto, e não teriam influência sobre como ou para quem é vendido.
III) Ao contrário da visão de Marx, Durkheim argumenta que a intensa divisão social do trabalho possibilita a existência de coesão e solidariedade social.
IV) Para Durkheim, quando a divisão do trabalho não produz coesão social, há um problema moral: as relações entre os diversos setores da sociedade não estariam prontamente regulamentadas pelas instituições sociais existentes, gerando um estado de anomia.
V) Buscando relacionar os comportamentos engendrados pela associação entre religião e política, Max Weber busca na história da racionalização do trabalho a explicação para o surgimento das relações de trabalho capitalistas, em que o trabalho se torna um valor em si mesmo, uma vocação.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.