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O destino da Europa foi comandado, de ponta a ponta, pelo desenvolvimento obstinado de liberdades particulares, de franquias, que constituem privilégios reservados a determinados grupos, uns estreitos, outros amplos. Tais liberdades se opõem com frequência e até se excluem mutuamente. Claro, tais liberdades só puderam vir à luz, quando a Europa Ocidental se constituiu enquanto espaço homogêneo, enquanto casa abrigada. Sem casa defendida, não há liberdades possíveis. Os dois problemas são um só. (BRAUDEL, Fernand. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes,2004, p.287)
A liberdade, uma das grandes questões da história do homem, tem sido demandada em diversas modalidades e formas durante toda a trajetória da humanidade: pensamento, expressão, ação, organização, movimento, entre outras. Por seu caráter histórico, em cada experiência assume um propósito e uma feição própria. Com base no texto, a noção de liberdade (libertates), experimentada pelos europeus entre os séculos XI e XVIII, é identificada
“Marx e Engels denunciavam o que estava sendo feito no progresso dilacerador do capitalismo e do imperialismo; insistiam em que era necessário que os homens lutassem no sentido de suplantá-los e nos indicaram alguns caminhos. No entanto, nessa denúncia estava implícito um outro conjunto de julgamentos de valor: a burguesia havia ‘salvado uma parte considerável da população da idiotice da vida rural’; as nações subjugadas eram ‘bárbaras e semibárbaras’: as potências dominantes eram ‘civilizadas’. Assim, com base nesse tipo de confiança nos valores singulares de modernização e da civilização foi criada uma distorção fundamental na história do comunismo”.
WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade: na história e na literatura. Trad. Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras,2011, p.493.
No excerto acima, extraído da obra O campo e a cidade, Raymond Williams aponta que Marx e Engels, em seu Manifesto comunista, haviam afirmado que relações de centralização e de dependência tinham criado condições favoráveis à revolução. Sobre este contexto, analise as afirmativas abaixo.
I. Engels teria sido um dos primeiros a compreender a cidade moderna como uma consequência social e física do capitalismo, sobretudo com a publicação da obra A situação da classe operária na Inglaterra em 1844. II. Williams entende que Marx e Engels viam o proletariado urbano empobrecido como um corpo coletivo que aprenderia e criaria novas formas de sociedade, superior àquela existente. III. Para Williams há uma ambiguidade na argumentação de Marx e Engels e que está no excerto acima: se as formas de desenvolvimento burguês continham, ainda que não isentas de suas próprias contradições, valores superiores à “idiotice rural”, então qualquer programa, em nome do proletariado, poderia ser justificado e imposto.
Estão corretas as afirmativas:

Sob qualquer aspecto, a revolução industrial foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Qualquer que tenha sido a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica.

(HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1998, p.45)

Entre as razões para o pioneirismo britânico, é possível citar

O lema dos bolcheviques a partir de abril de 1917 era “Paz, Pão e Terra”, conhecido também como Teses de Abril. Assinale a alternativa que identifica e justifica corretamente qual entre as palavras do lema tem correspondência direta com os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial.

Em março de 2014, o Senado Federal cogitou aprovar uma lei “antiterrorismo”, o que gerou muita polêmica entre a sociedade e provocou a discussão sobre a definição de terrorismo e de atos terroristas. Considere as afirmativas abaixo sobre as relações entre o poder instituído e manifestações de terror em diferentes momentos históricos:


1. Durante a Revolução Francesa, na fase jacobina, houve o período do Terror, em que o governo instituído perseguiu os seus opositores – mesmo aqueles que colaboraram com o início da revolução.


2. No período nazista, um dos instrumentos dos Estados foi o terror, com a perseguição política (aos opositores do regime) e racial (aos judeus), entre outros tipos de perseguição, instaurando um estado de permanente vigilância sobre os cidadãos.


3. Nos regimes ditatoriais da segunda metade do século XX na América Latina, qualquer organização armada, guerrilha ou mesmo opositores aos regimes eram considerados terroristas pelo Estado, o que justificava sua perseguição e aniquilação.


4. Depois da Segunda Guerra Mundial, instituiu-se a Guerra ao Terror, encampada pela URSS e pelos Estados Unidos para combater os neonazistas; após a queda do muro de Berlim o terrorismo voltou a crescer mundialmente.


Assinale a alternativa correta.