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Assinale o trecho em que foram plenamente atendidas as regras de emprego dos sinais de pontuação.
Na linguagem de hoje, a palavra "provedor" evoca mais facilmente um serviço do mundo virtual do que o homem que, sozinho, sustentava materialmente sua família. É que saiu do ar esse provedor que, até recentemente, ocupava não só a cabeceira da mesa, mas também um lugar de indiscutível poder na família.
(Adaptado de Rosiska Darcy de Oliveira. Reengenharia do tempo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003, p.75-76.)
Na metade do século XX, introduziu-se no espírito das mulheres, uma ideia subversiva: a identidade e a liberdade passavam pela independência econômica em face do homem provedor.
Nos anos 90, quando as grandes transformações econômicas, a globalização e a reestruturação das empresas com supressão de empregos, tornaram precário e inseguro o salário dos homens, as mulheres aumentaram seu investimento no mercado de trabalho.
Para as mulheres, o trabalho remunerado já não representava somente uma escolha de afirmação de identidade ou de realização pessoal em algum campo profissional. Ele tornou-se uma necessidade. Homens e mulheres passaram a somar salários, única maneira para muitos, de garantir o nível de vida de uma família, em que os homens já não eram confiáveis como provedores.
Na prática, a inserção das mulheres no mercado de trabalho, não atenuou suas responsabilidades em relação à família. Simplesmente, a famosa vida doméstica passou a ser encaixada nos interstícios dos horários de sua vida profissional. As mulheres porém, senhoras de si, passaram a se perguntar: por que continuava cabendo exclusivamente a elas a responsabilidade pela vida privada.