Atenção: Para responder às questões de números 16 a 20, considere o texto abaixo.
O livro Nossas aves, um voo no imaginário popular − trabalho resultante da parceria entre Lester Scalon, fotógrafo da natureza, e Thomas Sigrist, pintor naturalista, que exibe a ampla variedade de aves brasileiras − não é uma obra para ser exatamente lida, mas para ser vista, observada em detalhes e, por isso mesmo, capaz de produzir uma reflexão a partir do olhar, mais que do intelecto. No total, o livro traz mais de 400 fotos sequenciais, exibindo o refinado voo de aves (o Brasil é o terceiro país em diversidade de aves, atrás apenas da Colômbia e do Peru).
O voo sempre seduziu os humanos, frustrados pela ausência de liberdade em se alçar ao céu, como fazem as aves, aparentemente livres da gravidade. E, neste trabalho, a limitação humana em relação a essa impossibilidade se mostra evidente.
Um crítico mais apressado pode dizer que os humanos voam no grande vácuo do espaço interplanetário e que, num futuro talvez mais próximo do que se possa imaginar, chegarão ao espaço interestelar. Ou que, cotidianamente, milhões de pessoas se deslocam a elevadas altitudes a bordo de aeronaves. Um grupo menor plana com asas-delta e ultraleves, o que é verdade. O voo das aves, no entanto, é inteiramente distinto das máquinas e aparatos humanos de voar: cada estrutura, desenho, tipo e extensão de pena foram longamente elaborados pela natureza pelo critério de seleção natural para um deslocamento eficiente, gracioso e por isso mesmo inimitável.
Incapaz de voar com a habilidade e o talento de uma ave, um fotógrafo sensível capta os movimentos que elas executam nesses deslocamentos e faz com que, pela imaginação, sejamos capazes de participar dessa experiência lúdica. Como os autores explicitam no prefácio do livro, "é uma obra de referência com temática voltada para a arte fotográfica, pintura naturalista e valorização de ícones importantes de nossa cultura".meros 16 a 20, considere o texto abaixo.
(Adaptado de: Ulisses Capozzoli. Scientific American Brasil, junho 2013. p. 80)
Com a afirmativa acima, que inicia o último parágrafo, o autor do texto salienta.