A iniciativa do governo, mencionada no texto, demonstra a preocupação existente, não só no Brasil, mas em boa parte do mundo, em buscar alternativas energéticas mais eficientes e de menor impacto ambiental. Na prática, entretanto, as atitudes são muito tímidas; não há notícias de outras medidas, seja do governo, seja da sociedade civil, que busquem a redução do dispêndio energético ou outras fontes alternativas ambientalmente mais eficazes.

A adoção do horário de verão em três grandes regiões brasileiras, visando à economia de energia, deriva do fato de que, por ser um país tropical, o Brasil apresenta, no verão, grandes diferenças entre a duração dos dias e das noites. Sabe-se também que a escolha das regiões que adotam tal medida decorre do fato de serem as mais populosas do país.

O Brasil ocupa uma posição de vanguarda na produção de energia no mundo. A grande disponibilidade de terras férteis torna possível e perfeitamente viável, nos aspectos ambiental e econômico, que o país possa vir a sustentar, em curto espaço de tempo, toda sua frota de veículos e até mesmo o seu parque industrial utilizando apenas biocombustíveis.

A instalação de uma usina nuclear no Nordeste, que vem sendo discutida pelo governo, pode resolver os crônicos problemas de energia que aquela região enfrenta. Entretanto, pode permitir, também, que o Brasil desenvolva um programa nuclear para fins militares, situação passível de ocorrer, já que o país não é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

A Amazônia apresenta elevado potencial energético de origem hidráulica; entretanto, a presença da floresta equatorial e sua gigantesca biodiversidade geram preocupações quanto aos impactos que as construções de usinas hidrelétricas poderão gerar, inclusive relacionadas aos danos causados às populações indígenas locais.