Agentes anticolinesterásicos são substâncias capazes de inibir a ação da enzima acetilcolinesterase, com variado grau de toxicidade para os seres humanos.
Esses compostos vêm sendo desenvolvidos e utilizados desde o século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, foram empregados como gases de guerra (Tabum e Sarin). Atualmente, são usados como medicamentos (fisostigmina e neostigmina), no controle e no combate a pragas (acaricidas, nematicidas e fungicidas), tanto na agricultura como na pecuária, além de inseticidas de uso domiciliar. Hoje, existe no mercado grande número de compostos cujos princípios ativos são organofosforados e(ou) carbamatos, principais responsáveis pelas intoxicações provocadas por anticolinesterásicos.
Devido ao uso desses produtos, tanto em ambiente de trabalho (atividades relacionadas com agricultura, pecuária, indústria de pesticidas, comércio de produtos agroveterinários, empresas de dedetização etc.) como no domicílio, o acesso a eles é muito fácil, tornando bastante frequente a intoxicação acidental, principalmente em crianças e trabalhadores que lidam diretamente com essas substâncias, além da intoxicação proposital, nas tentativas de autoextermínio.
A. Andrade Filho e C. Romano. Anticolinesterásicos.
In: Toxicologia na prática clínica. Belo Horizonte:
Folium, 2001, p.53 (com adaptações).
Com relação aos agentes anticolinesterásicos e às intoxicações relacionadas a essas substâncias, assinale a alternativa correta.