Atenção: As questões de números 11 a 19 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Assegurar e expandir mercados, aumentar a lucratividade e garantir a sobrevivência da organização, não apenas no presente, mas em um futuro cercado de incertezas. Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central: vantagem competitiva. As empresas são progressivamente pressionadas por fatores como preço, qualidade, diversificação, customização e assim por diante. Dentre os atributos valorizados pelos consumidores, cada vez mais o desempenho ambiental das organizações tende a influir sobre as decisões de compra.
Diante dessa realidade, o tema sustentabilidade ambiental passou a despertar o interesse de pesquisadores nas áreas de gestão, estratégia e estudos organizacionais. Um estudo realizado na Fundação Getúlio Vargas tomou como referência a cadeia produtiva da indústria da saúde no Brasil. A análise explorou, entre outros aspectos, como os fatores confiança e cooperação podem ser decisivos para iniciativas que visem avanços consistentes no desempenho ambiental do setor. Avaliou-se, ainda, o papel das políticas ambientais para os serviços de saúde e como estas poderiam melhor atender a suas especificidades, favorecendo um desenvolvimento mais sustentável.
Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores que suprem produtos, serviços, tecnologias, instalações, equipamentos e demais recursos imprescindíveis à concretização das atividades de diagnóstico, terapia e reabilitação que compõem a assistência propriamente dita.
Um grande hospital consome regularmente cerca de 30 mil itens de uma grande variedade de fornecedores de diferentes setores. Os estabelecimentos de saúde são sujeitos a licenciamento ambiental e são caracterizados, segundo a legislação, como geradores de resíduos, emissões e efluentes perigosos, além de grandes consumidores de energia e água. No entanto, torna-se difícil minimizar esses impactos sem o comprometimento dos fornecedores no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e processos menos poluentes. Fica claro que não bastam restrições legais, são também importantes os estímulos para que haja cooperação entre os elementos da cadeia na adoção de medida efetivas.
(Adaptado de Vital Ribeiro. Adiante, março de 2006, p. 61-62)