O trabalho na agricultura é considerado desgastante, mal remunerado, socialmente desprestigiado e executado apenas por pessoas que não têm qualificação para serviços melhores. Diante da desvalorização desse trabalho, os pais desejam outras ocupações laborais para os filhos. Sonham com um trabalho mais valorizado, mais limpo, mais leve e mais bem remunerado, nas cidades, que pode ser proporcionado por meio da escolarização.
Todavia, os trabalhadores infantis estão envolvidos numa teia de relações contraditórias. Premidos pela necessidade, a sua incorporação nas atividades remuneradas na agricultura é a possibilidade concreta de ajuda à família, considerando a escassez de mercado de trabalho local. Porém, essa ocupação impede o bom desempenho nos estudos e inviabiliza o sonho de superação da precariedade.
(http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/agro/K16_infantil.html.
Acessado em 28.03.2013. Adaptado)