Após décadas de trabalho pela conservação ambiental, por que a Amazônia ainda enfrenta ameaças?
Poderíamos alegar que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. Mas não é assim tão fácil. Existem uma mudança e evolução constantes nos fatores que levam a esse resultado. As soluções para essas questões mutáveis também precisam ser constantemente adaptadas. Os problemas atuais não são os mesmos de uma ou duas décadas atrás. Então os desafios para a conservação também estão sempre se transformando. Por trás da destruição e da degradação ambiental da Amazônia está uma série de problemas de ordem política, social e econômica.
As atividades dos seres humanos interferem cada vez mais na Amazônia. As forças de mercado, a pressão populacional e o avanço da infraestrutura causam impactos em grandes áreas da floresta. À medida que se intensificam as pressões sobre a região, fica mais claro que o preço a ser pago por nossa interferência na mata não é apenas a perda da biodiversidade e do hábitat, mas também a perda da qualidade de vida para nós, humanos.
O desenvolvimento econômico, em muitos casos, é sobreposto a outras preocupações com o meio ambiente. Com isso, a meta de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável vem sendo deixada de lado. Alguns programas de iniciativa dos governos, tanto federal quanto estaduais, se voltam para um desenvolvimento constante e, muitas vezes, acabam incentivando direta ou indiretamente o desmatamento em favor da pecuária, da produção de soja, da exploração de recursos minerais. Essas atividades econômicas são importantes, mas ampliam a demanda por recursos naturais, que são sempre limitados.
(Disponível em http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_ prioritarias/amazonia1/ameacas_riscos_ama... . Acesso em 3 de dezembro de 2011)
A resposta para a questão colocada de início se volta principalmente para