As informações da notícia abaixo estão relacionadas a uma ação que levou à autuação e à interdição, em janeiro de 2014, de dez carvoarias no interior de São Paulo, por irregularidades.
 
Com o rosto e braços pretos de pó de carvão, sem máscaras e luvas de proteção, Elisângela, de 19 anos, contou que está há dois meses no emprego. Com outros quatro companheiros, entre os quais os quatro menores, afirmou que chegam a embalar até 2800 sacos (de dois e quatro quilos cada um) de carvão São José por dia – o que soma 5,6 toneladas diárias. Em outras três carvoarias de Piracaia, os fiscais encontraram situação ainda pior que as de Elisângela. Lá, além de trabalharem sem proteção, 19 trabalhadores não tinham registro em carteira, água potável para beber e dormiam em alojamentos em péssimas condições. Tão ruins que uma das auditoras do Trabalho disse nunca ter visto algo parecido com seus cinco anos de profissão.
 
O Globo, Rio de Janeiro, p.19, 22 jan.2014.
 
A situação apresentada na notícia exige uma ação política eficaz contra