Um paciente hígido, com trinta e nove anos de idade, foi atendido no ambulatório de um hospital havia três meses, com quadro de trombose venosa profunda (TVP) da veia femoral esquerda, confirmado pelo doppler venoso de membros inferiores. Ele negava a presença de fatores de risco habituais para o quadro em questão. Exceto pela presença da TVP, o resultado do exame físico foi normal. Na ocasião, iniciou-se o tratamento com warfarina, com a meta de manter a razão normalizada internacional (RNI) entre 2 e 3. O paciente retornou ao ambulatório para seguimento após três meses de tratamento. Os resultados dos exames laboratoriais de rotina foram normais, e mostraram que a RNI estava dentro da faixa terapêutica em todo esse período. Contudo, os anticorpos anti-beta-2-glicoproteína I e anticardiolipinas, por teste ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) padronizado, apresentaram títulos muito elevados, tanto no início do tratamento, quanto no momento do retorno, após três meses.
Nesse caso clínico,
as informações apresentadas são sugestivas de síndrome do anticorpo antifosfolipídio.