Atualmente a preocupação com a conservação e a manutenção dos padrões de qualidade mínimos nos recursos hídricos ultrapassa as esferas de cada ciência, exigindo que o tema seja tratado a partir de uma ótica multidisciplinar. A partir da necessidade de preservar os recursos hídricos, desenvolvem-se meios para quantificar e delimitar possíveis áreas de risco que, identificadas em um processo de planejamento ambiental, devem receber um manejo diferenciado. As diversas formas de interação da bacia hidrográfica e o ciclo hidrológico possibilitaram o surgimento de múltiplos conceitos relativos aos processos e subprocessos decorrentes dessas ações recíprocas. Sendo assim, surge a noção de área variável de afluência (AVA) como um aporte ao planejamento ambiental e à manutenção de padrões mínimos de qualidade e de disponibilidade de água, processo observado frequentemente em áreas onde o escoamento superficial por saturação é dominante, tratando o escoamento de retorno e a precipitação incidente nas áreas saturadas como elementos chaves na geração de escoamento. Considerando que as AVA’s possuem uma clara importância na bacia hidrográfica referente à preservação e conservação ambiental e dos recursos hídricos, salienta-se também a possibilidade de comportarem uma microfauna e uma flora adaptadas às variações das condições de saturação do solo nessas áreas. Desta maneira, surge a possibilidade de uma intervenção pontual, através de práticas de manejo restritivas a usos do solo diretamente nas AVA’s, que venham comprometer a qualidade dos recursos hídricos. Neste contexto surge o conceito de área hidrologicamente sensível (AHS). Consideram-se como AHS’s determinadas áreas da bacia hidrográfica que apresentariam uma maior probabilidade de saturação do solo, servindo como um aporte ao planejamento ambiental e à manutenção de padrões mínimos de qualidade e disponibilidade de água. Considerando o texto acima, é correto afirmar que a(s) definição(ões) de: