Nos últimos dez anos, uma questão importante para o gestor público brasileiro é como os conceitos e instrumentos mercadológicos, voltados à visão de fora para dentro das organizações e à satisfação do cliente, podem ser aplicados ao cenário do serviço público.
O mito da cultura da administração pública ainda ocupa o lugar de grande obstáculo para a implementação de novas práticas de trabalho. A burocracia permanece ainda, em muitos casos, como fator preponderante na orientação dos trabalhos. Se, por um lado, notam-se avanços importantes na direção da modernização − e-gov, sistemas administrativos informatizados, pregão eletrônico, etc. − por outro, mantêm-se características extremamente superadas e obsoletas − os eternos carimbos, a formalização exagerada dos procedimentos, as idas e vindas de documentos, etc. [...]
É óbvio que, ainda por algum tempo, muitos dos instrumentos utilizados atualmente pelo gestor público continuarão existindo, mas podem assumir novos significados e formatos mais adequados às exigências do contexto. Assim, as figuras de autoridade, os valores dominantes, as normas de comportamentos, o sistema de incentivos e as sanções devem unir-se para influenciar as pessoas na direção de atingir resultados com maior qualidade.
(BRITO, Alberto; et al. Gestão Estratégica. In: OLIVEIRA, Lais Macedo; GALVÃO, Maria Cristina Costa Pinto. Desenvolvimento Gerencial na Administração Pública do Estado de São Paulo.2. ed. São Paulo: FUNDAP: Secretaria de Gestão Pública, 2009. p.109)
O sentido do termo burocracia na afirmativa acima, utilizando o que diz o Dicionário Houaiss, está relacionado com o sentido