Paciente de oitenta anos de idade relatou, em consulta em ambulatório, apresentar, havia um ano, sintomas compatíveis com dispneia progressiva, dispneia aos mínimos esforços e episódios de dispneia paroxística noturna. O exame físico mostrou PA de 130 mmHg × 70 mmHg, ritmo cardíaco em três tempos (terceira bulha) e ictus visível e palpável no 5.º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior esquerda. Observou-se, ainda, sopro holossistólico de grau 4 (classificação de Levine), com frêmito, mais bem audível no 2.º espaço intercostal direito na linha hemiclavicular à direita, com irradiação para as artérias carótidas, além de turgência jugular a 30º. A ausculta pulmonar revelou estertores crepitantes em bases pulmonares. No exame físico, o paciente não apresentou outras alterações. O eletrocardiograma do paciente mostrou sobrecarga ventricular esquerda.
Considerando o caso clínico acima, julgue os seguintes itens.
Nesse caso clínico, há risco de eventual deposição de plaquetas e fibrina sobre a lesão valvar e a consequente formação de endocardite trombótica não bacteriana, podendo a lesão inicial ser infectada em episódio de bacteremia, de modo que a aderência da bactéria estimule um depósito ainda maior de fibrina e plaquetas, desencadeando a vegetação clássica da endocardite infecciosa.