O gênero Leptospira é composto por bastonetes helicoidais, aeróbios obrigatórios e móveis. Classicamente, foi dividido em duas espécies: L. interrogans, com os patógenos humanos, e L. biflexa, com cepas saprófitas isoladas do ambiente. Leptospira é dividida em sorovares. A classificação fenotípica tem sido substituída gradualmente pela genotípica com, até o momento, 17 genoespécies compreendendo todos os sorovares do gênero.
Sobre o diagnóstico laboratorial da leptospirose, analise as afirmativas a seguir.
I. Em muitos centros clínicos, o principal método diagnóstico é a análise sorológica, com a técnica de microaglutinação em destaque como a metodologia de referência. Nessa técnica, o soro do paciente reage com suspensões antigênicas de diferentes sorovares de leptospiras e, após a incubação, a mistura antígeno-soro é avaliada microscopicamente e o título de anticorpos determinado.
II. Diferentes meios de cultura podem ser utilizados para o isolamento de Leptospira, como por exemplo, os meios de Fletcher, Tween 80-albumina sérica bovina e Ellinghausen-McCullough-Johnson-Harris. Em tais meios, a temperatura ótima de crescimento é de 35 a 37ºC.
III. O diagnóstico sorológico de leptospirose pode ser confirmado por meio de sorologia pareada. Nesse caso, uma diferença ≥ 4 nos títulos de anticorpos entre duas análises confirma o diagnóstico, independente do intervalo entre as amostras. Nos testes em apenas uma amostra, o CDC sugere títulos > 1:200 em paciente com doença clínica como evidência presuntiva de leptospirose. Além disso, a ocorrência de títulos extremamente elevados pode ser utilizada como marcador de infecção recente.