A leptospirose clássica é uma doença bifásica, que consiste em uma fase septicêmica inicial e uma fase imunológica secundária. A gravidade da doença varia desde de infecção subclínica até doença sistêmica fatal. Nos casos mais graves, as duas fases surgem juntas e o intervalo assintomático pode não ser reconhecido.
Sobre o diagnóstico laboratorial da leptospirose, analise as afirmativas a seguir.
I. A Leptospira pode ser isolada de sangue, líquido cefalorraquidiano ou líquido peritoneal durante os 10 primeiros dias de doença. O sangue pode ser coletado em tubos contendo heparina, EDTA, citrato ou oxalato. No entanto, para diagnóstico pela técnica de PCR, o citrato não deve ser utilizado, pois atua como inibidor da reação em cadeia da polimerase.
II. No diagnóstico da leptospirose por isolamento em cultura, meios específicos tais como, de Fletcher e Korthof, devem ser usados. O período de incubação das amostras deve ser de até 6 semanas, nas quais as culturas devem se avaliadas semanalmente pela microscopia de campo escuro.
III. Dentre os espécimes clínicos para diagnóstico da leptospirose, sangue e líquido cefalorraquidiano podem ser utilizados durante a primeira semana de doença. Por outro lado, no estádio imunológico, os microrganismos desaparecem do sangue e do líquido cefalorraquidiano. Nesse estádio, o rim é um local privilegiado pois as leptospiras são excretadas na urina por até um mês.