Apesar de todas as tentativas de hibridizações do jornalismo com a publicidade e as relações públicas, o “conceito" liberal original do Século XVIII permanece para os defensores das práticas éticas do jornalismo.
Ele “define", entre outras questões de rotinas produtivas, que o jornalismo está ligado à cobertura das questões que dizem respeito à cidadania.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. Cidadania é a “condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política" (Houaiss online, 2010). É uma condição que, do ponto de vista ocidental, a partir da Revolução Francesa, passou a ser um objetivo perseguido por Estados e sociedades (inclusive do ponto de vista jurídico) no sentido de assegurar a cada sujeito os direitos sociais, civis e políticos.
II. O jornalismo como prática profissional tem como objetivo a cobertura sistemática das questões que dizem direito à cidadania, ou seja, aquelas ligadas aos direitos e deveres sociais, civis e políticos. Significa dizer que a cobertura da vida privada das pessoas só deve entrar em uma matéria jornalística se estiver relacionada com questões vinculadas à cidadania. Neste sentido, revistas e sites de fofoca, por exemplo, são importantes veículos empregadores de profissionais de comunicação, mas fazem parte do setor de entretenimento e não de jornalismo.
III. Não existe separação entre entretenimento e jornalismo, do ponto de vista da ética jornalística.