Passava das 19h30 do sábado, 22 de março, quando cerca de 30 black blocs dispararam pelas ruas do centro da capital paulista. Como fizeram em outras ocasiões, eles quebraram agências bancárias (foram duas desta vez) e equipamentos públicos que encontravam pela frente. Enquanto isso, os 2,3 mil policiais designados para acompanhar mais um dos protestos contra a Copa do Mundo se dirigiram a outro grupo de manifestantes. Uma turma formada em sua maioria por professores, estudantes, jornalistas e representantes de movimentos sociais — todos eles pouco afeitos a táticas agressivas, como a dos black blocs — foi cercada pela polícia. Apesar de não representarem, a princípio, qualquer tipo de ameaça para a sociedade, 262 pessoas foram presas. A ação se mais revelou despropositada, diante da liberdade oferecida aos black blocs. “Em um só dia, se atacou o direito de as pessoas se reunirem, a liberdade de expressão e a integridade física de quem protestou", diz Brenno Tardelli, representante do Coletivo Advogados Ativistas, uma entidade que defende os manifestantes gratuitamente. (PASSAVA..., 2014, p.36).
A crítica que o autor do texto faz ao Estado Brasileiro pela ação policial nas manifestações populares está relacionada