Texto 7A1AAA
Uma paciente de oitenta e um anos de idade compareceu ao ambulatório com queixa de dispneia, iniciada, havia dois meses, após a realização de esforços maiores que os habituais. Ela relatou que, dois dias antes da consulta, havia acordado durante a noite em decorrência de um súbito episódio de dispneia, que tinha passado após sentar-se. Informou, ainda, que fazia uso de anlodipino 5 mg/dia por ser portadora de hipertensão arterial havia anos. A paciente estava assintomática. O exame físico revelou que ela estava afebril, com extremidades quentes, normocorada, com frequência cardíaca de 104 bpm, com pressão arterial de 156 mmHg × 74 mmHg, com turgência jugular a 30º e com estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares. O ictus cardíaco era normal, o ritmo cardíaco estava regular em dois tempos e não havia sopros. Notava-se refluxo hepatojugular e edema de membros inferiores na região maleolar bilateralmente. O restante do exame físico e os exames laboratoriais não revelaram anormalidades. O eletrocardiograma revelou alterações difusas da repolarização ventricular, e o ecocardiograma mostrou função sistólica preservada.