O TREMA

“Caro Sérgio, sou fã do Consultório e gostaria de dividir com você uma singela angústia – a supressão do trema após a entrada em vigor do Acordo Ortográfico. Permito-me a opinião de que a extinção do famigerado diacrítico foi um grande desserviço. Gerações lusófonas posteriores, deparadas com vocábulos como ‘equidade’ e ‘equiparar’, poderiam se perguntar: ‘Onde reside a diferença fonética entre esses termos, se ambos possuem o mesmo radical?’.” (Luís Carlos Duran)

A angústia de Luís Carlos é compreensível: a ortografia é um hábito e, como todo hábito, mudá-lo costuma provocar desconforto.

A pronúncia das palavras é, historicamente, um fato anterior à sua expressão escrita em qualquer idioma, e tem seus próprios mecanismos de permanência. Aliás, para conhecer os efeitos da abolição do trema para os falantes de português, não será preciso esperar nada: basta perguntar hoje mesmo aos portugueses, que em geral continuam pronunciando tais palavras da mesma forma que o faziam até 1945, antes de exterminarem esse sinal diacrítico por lá.

Disponível em: www.veja.com/sobrepalavras. Veja, Edição 2354, p.26,1 de janeiro de 2014. Acesso em: abril de 2015.

 De acordo com o texto podemos afirmar:

I. O leitor está angustiado com o uso do trema.
II. O escritor afirma que a ortografia é um hábito.
III. A pronúncia correta das palavras veio com a escrita.
IV. Os portugueses continuam pronunciando as palavras corretamente mesmo sem o trema.
V. O trema foi extinto em Portugal em 1945.

Marque a sequência CORRETA das afirmações.