Atenção: As questões de números 1 a 5 baseiam-se nos Textos I e II, a seguir.
Texto I
No Pão de Açúcar
De cada dia
Dai-nos Senhor
A Poesia
De cada dia
(Andrade, Oswald. Pau-Brasil. Obras completas
de Oswald de Andrade. São Paulo, Globo,
Secretaria de Estado da Cultura, 1990, p. 63)
Texto II
O texto abaixo reproduz algumas afirmativas do Manifesto Pau-Brasil, que Oswald de Andrade, um dos mentores do movimento modernista brasileiro de 1922, lançou no Correio da Manhã em 18 de março de 1924.
A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o sol cabralino, são fatos estéticos. O carnaval do Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica.
A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança.
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres.
Temos a base dupla e presente − a floresta e a escola. A raça crédula e dualista e a geometria, a álgebra e a química logo depois da mamadeira e do chá de erva-doce. Um misto de "dorme nenê que o bicho vem pegá" e de equações.
Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a sábia preguiça solar. A reza. O Carnaval. A energia íntima. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amorosa.
(http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/manifpaubr.html
acesso em 11/02/2012)
No penúltimo parágrafo do Texto II fica evidente a oposição, na ordem dada, entre