Cabe, pois, criar um clima de entusiasmo diante do aprender, encorajando os alunos a se envolverem coletivamente na tarefa, aprendendo uns com os outros e todos com a professora, a resolver problemas reais, progressivamente mais complexos e abstratos. A conversa auxilia o pensamento, torna-o cada vez mais flexível (pois se é forçado a perceber que há muitos e diversificados pontos de vista acerca de um único evento), ensina que é preciso ouvir quando se quer ser ouvido, que é preciso argumentar e defender boas ideias. Em uma conversa rica em torno de um conteúdo interessante, há uma intensa negociação de sentidos e significados, algo que estimula, ao mesmo tempo, o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. De fato, ao oferecer oportunidades para o desenvolvimento da linguagem, o docente contribui, concomitantemente, para a organização do pensamento do aluno.


DAVIS, C. L. F. et al., Abordagens.... Diferentes olhares para a sala de aula. Psicol. educ., São Paulo, n.34, p.63-83, jun.2012 (adaptado).


O diálogo entre os alunos, como processo de desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, está fortemente associado à perspectiva