De acordo com Netto (2005), “o movimento de reconceituação tomado, como um movimento ou processo que emergiu em 1965, constitui um marco inarredável e incontornável da história do Serviço Social latino-americano. Foi um movimento que teve início, meio e fim. Segundo o autor, o movimento comportou conquistas, equívocos e descaminhos. Com base na reflexão de Netto (2005), analise as afirmativas a seguir e marque a alternativa correta, no que diz respeito às conquistas alcançadas com o movimento de Reconceituação.
I. O movimento de reconceituação possibilitou a articulação de uma nova concepção de unidade latino-americana: com a reconceituação se põe na ordem do dia um intercâmbio e uma interação profissional diferentes, apoiados no explícito reconhecimento da urgência de fundar uma articulação profissional continental que respondesse às problemáticas comuns da América Latina, uma unidade construída autonomamente, sem tutelas confessionais ou imperialistas. II. A explicitação da dimensão política da ação profissional: como toda expressão conservadora, o tradicionalismo do serviço social ocultava a dimensão política da ação profissional numa pretensa assepsia ideológica. O tradicionalismo profissional foi, sempre, visceralmente político, tão visceral quanto inconfessado. III. O confucionismo ideológico, que procurava “sintetizar” as inquietações da esquerda cristã e das novas gerações revolucionarias “não ortodoxas” e “não tradicionais”, engendrando uma eclética mistura de Camilo Torres, Guevara e Paulo Freire com Althusser e Mao Tse-Tung. Curiosa e paradoxalmente, a Reconceituação, que abriu o diálogo do Serviço Social com a tradição marxista, recolheu desta, quase sempre, o que nela havia de menos vivo e criativo. IV. A recusa do profissional do Serviço Social de situar-se como um agente técnico puramente executivo, quase sempre um executor terminal de políticas sociais. A reconceituação assentou as bases para a requalificação profissional.
I. O movimento de reconceituação possibilitou a articulação de uma nova concepção de unidade latino-americana: com a reconceituação se põe na ordem do dia um intercâmbio e uma interação profissional diferentes, apoiados no explícito reconhecimento da urgência de fundar uma articulação profissional continental que respondesse às problemáticas comuns da América Latina, uma unidade construída autonomamente, sem tutelas confessionais ou imperialistas. II. A explicitação da dimensão política da ação profissional: como toda expressão conservadora, o tradicionalismo do serviço social ocultava a dimensão política da ação profissional numa pretensa assepsia ideológica. O tradicionalismo profissional foi, sempre, visceralmente político, tão visceral quanto inconfessado. III. O confucionismo ideológico, que procurava “sintetizar” as inquietações da esquerda cristã e das novas gerações revolucionarias “não ortodoxas” e “não tradicionais”, engendrando uma eclética mistura de Camilo Torres, Guevara e Paulo Freire com Althusser e Mao Tse-Tung. Curiosa e paradoxalmente, a Reconceituação, que abriu o diálogo do Serviço Social com a tradição marxista, recolheu desta, quase sempre, o que nela havia de menos vivo e criativo. IV. A recusa do profissional do Serviço Social de situar-se como um agente técnico puramente executivo, quase sempre um executor terminal de políticas sociais. A reconceituação assentou as bases para a requalificação profissional.