A.X.S,24 anos, solteira, foi levada ao serviço de emergência por ter sido encontrada deambulando pelas ruas após ter desaparecido de casa há 1 semana. A paciente apresenta prejuízo importante dos cuidados pessoais e higiene, emagrecida (IMC 17 kg/m2), com atitude desconfiada e hostil. Por vezes, agressiva com a equipe médica e policiais que a levaram ao hospital. O serviço social localizou a família, que informou que a paciente vinha apresentando períodos de agressividade e hostilidade com os irmãos e primos há 6 meses, referindo que estes a estavam envenenando e preocupada com o que poderia comer, ficando, por ocasiões, dias sem se alimentar. Os familiares referem que a mesma ficava no seu quarto mais isolada, falando sozinha e, quando era abordada, gritava e jogava objetos contra eles. Também informam que antes de 6 meses era funcional, e relacionam a piora do comportamento a ter terminado um relacionamento após ter ido numa festa e feito uso de maconha e lança perfumes. Referem que o comportamento da paciente foi piorando ao longo dos meses, tendo por vezes ficado deitada na cama por dias sem se levantar e tomar banho. Alimentava-se apenas quando muito estimulada. Ao exame psíquico, encontrava-se consciente, hipervigil, atitude agressiva em relação ao entrevistador, equipe e família, crítica do estado mórbido prejudicada e discurso com conteúdo persecutório e auto referente, evidências de sinais alucinatórios indiretos. A paciente recusa permanecer no hospital (ser internada) e fica solicitando continuamente alta médica.
A paciente deseja ir embora, porém a equipe médica acredita que deva permanecer internada. A conduta a ser tomada é