Transmitir a um conjunto, orquestra ou banda, por meio da gesticulação, o conteúdo rítmico e expressivo de uma obra musical é o que conhecemos, em música, como regência. Ela é de suma importância, tanto para os músicos executantes como para a apreciação do público e para uma interpretação mais apropriada da obra em seus processos dinâmicos e agógicos.
Em seus primórdios, a regência era efetuada com bastões compridos que, elevados no sentido vertical, iam sendo batidos no chão para dar os ritmos. Esse procedimento não era bom nem agradável, principalmente pelo barulho que produzia, e mais, foi causador de um acidente que levou à morte Jean Baptista Lully, compositor francês, de origem italiana, nascido em Florença, em 28/11/1632. Lully, ao reger uma de suas composições, Te Deum, teve a infelicidade de bater com o bastão de regência no pé, originando daí uma gangrena, que o levou ao túmulo, em Paris, em março de 1687.
Daí por diante, o bastão de regência foi sendo reduzido de tamanho, até chegar aos nossos dias, com o nome de batuta e nas medidas que conhecemos hoje. Alguns regentes já fizeram tentativas de extingui-la, apresentando suas justificativas. Porém, julgamos que seu uso compõe mais a figura do regente.
Oscar da Silveira Brum. Conhecendo a banda de música. São Paulo: Ricordi Brasileira,1980 (com adaptações).
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