Um paciente de vinte e três anos de idade, com quadro de febre reumática desde a infância, compareceu ao atendimento médico queixando-se de dispneia ao subir escadas ou correr havia seis meses, com piora progressiva nos últimos dois meses. O paciente relatou dispneia para realizar atividades habituais, como caminhar mais de cinquenta metros. Ao exame físico, o paciente apresentava-se eupneico, acianótico, normocorado, com frequência respiratória de 20 irpm, pressão arterial de 160 mmHg × 60 mmHg (média de três medidas), frequência cardíaca de 94 bpm, ritmo cardíaco em três tempos (terceira bulha), além de ictus visível e palpável no 6.º espaço intercostal à esquerda na linha axilar anterior. O pulso carotídeo apresentava ascenso rápido e com alta amplitude. Apresentava bulhas normofonéticas, sopro holodiastólico de alta frequência em decrescendo e aspirativo de 4+/6 e mais audível no 4.º espaço intercostal na linha paresternal à esquerda e no 2.º espaço intercostal na linha paresternal à direita, além de sopro suave mesodiastólico em 5.º espaço intercostal, na linha hemiclavicular à esquerda. A manobra de handgrip intensificou ambos os sopros. Os demais dados do exame físico não apresentavam alterações significativas. O eletrocardiograma revelou somente hipertrofia ventricular esquerda.