Leia o diálogo entre Pereira e Cirino, no momento em que este deve adentrar-se ao quarto de Inocência para examiná-la.


“Antes de sair da sala, deteve Pereira o hóspede com ar de quem precisava tocar em assunto de gravidade e ao mesmo tempo de difícil explicação.

Afinal começou meio hesitante:

– Sr. Cirino, eu cá sou homem muito bom de gênio, muito amigo de todos, muito acomodado e que tenho o coração perto da boca como vosmecê deve ter visto...

– Por certo – concordou o outro.

– Pois bem, mas... tenho um grande defeito: sou muito desconfiado. Vai o doutor entrar no interior da minha casa e... deve portar-se como...

– Oh, Sr. Pereira! – atalhou Cirino com animação, mas sem grande estranheza, pois conhecia o zelo com que os homens do sertão guardam da vista dos profanos os seus aposentos domésticos – posso gabar-me de ter sido recebido no seio de muita família honesta e sei proceder como devo”.

(TAUNAY,1994, p.39).


Com relação à postura do narrador diante dos costumes que caracterizam o sertanejo brasileiro na obra citada, assinale a alternativa correta.