São questões levantadas por Michel Foucault em Vigiar e Punir:
I. O autor refere-se às prisões como instituições de sequestro, em razão de que a reclusão submetida não pretende propriamente "excluir" o indivíduo recluso, mas, sobretudo, "incluí-lo" num sistema normalizador.
II. De acordo com a genealogia foucaultiana, o poder não tem essência, porque é operatório. Não é atributo, mas relação de forças que passam tanto pelos ditos dominados quanto pelos ditos dominadores.
III. Os mecanismos de vigilância, controle e correção sobre o indivíduo, que podem ser percebidos no interior da prisão, referem-se à atuação dos agentes penitenciários.
Quando o preso está submetido à observação, através de técnicas de exame psicológico, situa-se um saber clínico destituído de poder.