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Leia a letra da canção do cantor cearense Falcão para responder à questão.

Guerra de Facão

A dor do cocho é não ter ração pro gado

A dor do gado é não achar capim no pasto

A dor do pasto é não ver chuva há tanto tempo

A dor do tempo é correr junto da morte

A dor da morte é não acabar com os nordestinos

A dor dos nordestinos é ter as penas exageradas

E a viola por desculpa pra quem lhe pisou no lombo

e lhe lascou no cucurute vinte quilos de lajedo.

Em vez de achatar pra caixa-prego o vagabundo,

que se deitou no trono e acordou num pau-de-sebo.

Eh eh eh boi, eh boiada, eh eh boi

A dor do jegue, tadin, nasceu sem chifre

A dor do chifre é não nascer em certa gente

A dor de gente é confiar demais nos outros

A dor dos outros é que nem todo mundo é besta

A dor da besta é não parir pra ter seu filho

A dor pior de um filho é chorar e mãe não ver.

Tá chegando o fim das épocas, vai pegar fogo no mundo,

e o pior, que os vagabundos toca música estrangeira

em vez de aproveitar o que é da gente do Nordeste.

Vou chamar de mentiroso quem dizer que é cabra da peste.

(Falcão, Guerra de Facão. Em: http://letras.mus.br. Adaptado)


Na canção, o verso – A dor da morte é não acabar com os nordestinos – tem sentido bastante próximo da seguinte passagem do texto de Euclides da Cunha: