“O jogo é de fato mais antigo que a cultura. Ele deve ser analisado mais que pelos fenômenos fisiológicos ou reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra um determinado sentido. No jogo existe alguma coisa ‘em jogo’ que transcende as necessidades imediatas da vida e confere sentido à ação. Todo jogo significa alguma coisa. O simples fato desta atividade encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência.” (Huizinga,2010.)
Em Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura, Huizinga discute que o “jogar” é um elemento nuclear de formação da cultura humana e observa como os elementos lúdicos estão presentes na política, na guerra, no amor, na poesia e em tantas outras facetas do humano. Este livro, inclusive, tornou-se bibliografia obrigatória no campo de estudos sobre games da atualidade, bem como o jogo como estratégia e ferramenta pedagógica nas escolas, em especial nas aulas de educação física. O autor propõe que a ideia de jogo pressupõe algumas características essenciais; sem elas a atividade não poderá ser compreendida como tal ação.
NÃO se configura como uma característica essencial do jogo, segundo Huizinga (2010):