Luciana é Supervisora de Ensino em uma das Diretorias Regionais de Ensino do Estado de São Paulo. Notou que, nos últimos tempos, tem crescido o número de conflitos entre alunos e professores nas escolas que pertencem ao seu setor de supervisão. Sabedora de que o Ministério Público do Estado de São Paulo estaria promovendo, na cidade em que mora, um Curso de Introdução à Justiça Restaurativa para Educadores (São Paulo: MPSP, 2012), prontamente inscreveu-se. No decorrer do curso, cientificou-se de que as práticas restaurativas nas escolas poderão ser usadas em dois níveis: primário e secundário. O nível primário busca melhorar o relacionamento escola-família-comunidade, fortalecer o diálogo entre todos, promover a melhoria do vínculo da comunidade escolar, a comunicação não violenta, as atividades pedagógicas restaurativas ou, em suma, construir um trabalho pró-ativo de comunidade escolar segura, democrática e respeitável, numa cultura de paz. Destina-se a reafirmar as relações. O nível secundário é usado para a restauração e reparação das relações através do diálogo, da comunicação não violenta e das reuniões restaurativas (mediações e círculos restaurativos). O foco do nível secundário está em